Investing.com - Ontem, os acionistas da Fibria (SA:FIBR3) e da Suzano (SA:SUZB3) aprovaram o processo de fusão das companhias. O modelo adotado está chamando a atenção dos acionistas minoritários da Braskem (SA:BRKM5), já preocupados com uma futura venda da participação da Odebrecht na petroquímica. As informações são da Coluna do Broad, desta sexta-feira.
Buscando se recuperar depois da Operação Lava Jato, a empreiteira está em negociação para vender sua fatia na Braskem para a holandesa LyondellBasell. A Odebrecht é controladora da companhia.
No caso das fabricantes de celulose, os acionistas da Fibria vão receber por seus papéis uma parte em novas ações e outra em dinheiro. O problema é que o formato não traz a opção de venda aos minoritários, que acontece em casos de uma oferta pública de aquisição (OPA).
O modelo da Fibria-Suzano pode abrir precedentes em novas operações. Com isso, a Odebrecht pode, por exemplo, decidir vender sua fatia na Braskem abaixo de um preço considerado justo, por conta de uma eventual necessidade de caixa, tirando todo o poder de decisão das mãos dos minoritários.
Mesmo com as reclamações e questionamentos dos minoritários, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deliberou sobre o caso das empresas de celulose e afirmou que não há irregularidade no formato proposto.