O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta sexta, 9, com o euro, o iene e a libra se recuperando após quedas recentes. Mesmo em meio a novas declarações favoráveis a aperto monetário pelo comando do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), investidores monitoraram também a postura do Banco Central Europeu (BCE), igualmente decidido a elevar juros para conter a inflação na zona do euro.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 142,61 ienes, o euro avançava a US$ 1,0049 e a libra tinha alta a US$ 1,1596. O índice DXY registrou queda de 0,64%, a 109,003 pontos, e na comparação semanal recuou 0,48%.
A Capital Economics afirmava em relatório que a libra se recuperava, após ter recuado à casa de US$ 1,14 mais cedo nesta semana, nas mínimas desde 1985. A consultoria rechaça algumas visões de que a moeda poderia se comportar similar às dos mercados emergentes, acrescentando que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) pode conter efeitos secundários sobre a inflação e, nesse contexto, uma libra mais fraca poderia melhorar a competitividade do Reino Unido no comércio.
O iene, por sua vez, recuperava-se após ter tocado recentemente mínimas em 24 anos. O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, afirmou que oscilações bruscas da moeda são indesejáveis, e acrescentou que os movimentos da taxa de câmbio são monitorados com cuidado. Ontem, o governo do Japão não descartou intervir no mercado cambial para conter o recuo da divisa.
Na zona do euro, alguns dirigentes do BCE voltaram a defender altas nos juros para conter a inflação. A presidente da instituição, Christine Lagarde, reafirmou a disposição do BCE em agir para reduzir o quadro inflacionário, acrescentando que também serão enfrentados com "determinação" os efeitos do choque de energia.
Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 908,90 pesos chilenos, de 880,95 pesos no fim da tarde de ontem. Hoje, o BC do Chile anunciou que reduzirá o montante diário destinado a seu programa de intervenção cambial, que tem fim previsto para 30 de setembro. O país vive um quadro de incertezas na política, após uma nova Constituição ser rechaçada, e agora políticos debatem potenciais saídas para avançar, ao menos em parte, com mudanças no texto constitucional.