Investing.com – O Morgan Stanley (NYSE:MS) anunciou a redução de sua participação nas ações da Tesla (NASDAQ:TSLA), atribuindo a decisão à contínua desaceleração na indústria automobilística, à acirrada concorrência no setor de veículos elétricos e à diminuição da preferência dos consumidores por esses automóveis.
As ações da Tesla têm sido mantidas no portfólio-modelo do banco desde março de 2021, com incrementos feitos em setembro e dezembro de 2022. Contudo, a participação foi diminuída em novembro de 2023.
Desde o último aumento de participação em dezembro de 2022, a Tesla proporcionou um retorno de 15%, mas ficou 46% atrás do Índice Russell 1000 Growth (RLG), conforme apontado pelos estrategistas do Morgan.
"Embora ainda mantenhamos uma posição na Tesla, devido ao potencial dos seus diversos ativos além do setor automotivo, identificamos uma excelente oportunidade de redistribuir parte dessa posição para ações menos voláteis e menos suscetíveis às condições econômicas, que enfrentam menos pressões de preço", afirmaram.
Apesar da Tesla ser líder no mercado de veículos elétricos nos Estados Unidos e ter potencial de expansão em áreas como robótica, inteligência artificial e armazenamento de energia, os estrategistas optaram por reduzir a posição para dar espaço a ações com maior potencial de lucratividade, como a Spotify (NYSE:SPOT).
Nesta semana, a União Europeia anunciou a redução das tarifas previstas sobre os veículos da Tesla importados da China, que cairão de 20,8% para 9%. Além disso, a UE também reduzirá os direitos de importação para outros fabricantes de veículos elétricos.
Essas novas tarifas se somam aos já existentes 10% de direitos impostos sobre as importações de veículos elétricos a bateria.
Em junho, a União Europeia sinalizou que aumentaria as tarifas sobre as importações de veículos elétricos chineses, justificando que estes veículos beneficiam-se indevidamente de subsídios desleais e constituem uma ameaça de dano econômico aos produtores europeus de veículos elétricos.