👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

'Não vou esperar estrangeira ser protagonista digital no Brasil', diz Trajano

Publicado 22.12.2020, 04:20
© Reuters 'Não vou esperar empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasi
AMZN
-
MELI
-
AMER3
-
MGLU3
-
BHIA3
-
CRFB3
-

O período de pandemia foi agitado para o Magazine Luiza (SA:MGLU3), que em 2020 foi às compras para reforçar sua operação digital, da logística à oferta de produtos, passando pela publicidade e pelas finanças. Ao todo, foram 11 aquisições. E, ontem, a companhia anunciou a maior delas: pagou R$ 290 milhões pela fintech Hub, que foi fundada pelo empresário Carlos Wizard Martins há oito anos.

LEIA MAIS - Caixa reforçado: Magalu, Via Varejo (SA:VVAR3) e B2W (SA:BTOW3) devem investir em logística e tecnologia

Em entrevista ao Estadão, o presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse que a heterogênea estratégia de compras se concentra em um só objetivo: a conquista da liderança do mundo digital brasileiro. "Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana", disse o executivo, referindo-se às gigantes Alibaba, Mercado Livre (NASDAQ:MELI) e Amazon (NASDAQ:AMZN). Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Qual é a importância da Hub para o sistema digital do Magazine Luiza?

É muito importante. Ela tem acesso ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e também ao Pix, pois, desde julho, tem autorização do Banco Central como instituição de pagamento. Ter isso dentro de casa reduz a nossa necessidade de contratar prestadores de serviço, reduzindo as fricções do cliente nas operações. Isso vai ajudar tanto o MagaluPay, voltado ao público em geral, que lançamos em julho, quanto o Magalu Pagamentos, voltado para os vendedores do nosso marketplace, que existe desde abril. E vamos ter uma equipe de 250 pessoas adicionada ao nosso time, incluindo cem desenvolvedores.

Por que esse ambiente de pagamentos é tão importante para a estratégia de superapp?

A Hub se encaixa como uma luva na nossa estratégia, pois a conta de pagamentos é elo fundamental de todos os superapps da China - como o WeChat, que tem o WeChatPay, e o Alibaba, que tem o AliPay.

Isso vai acelerar o crescimento do Magalu na área?

O crescimento em ritmo chinês já faz parte da nossa estratégia. O que a gente quer aumentar é a penetração desses serviços (na vida das pessoas). Hoje, temos 2 milhões de clientes com contas abertas no MagaluPay, mas nem todos são ativos. A ideia é ampliar a oferta de produtos financeiros em todo o ecossistema. E é também uma oportunidade de monetizar e gerar mais resultados em todas essas transações.

Com isso, o Magalu poderá ajudar os desbancarizados?

A gente já ajuda a bancarizar no Brasil, com o LuizaCred, temos 4 milhões de cartões emitidos, o que é mais do que o Nubank ou o Carrefour (SA:CRFB3). A Hub é uma empresa de tecnologia que vai se conectar tanto com a operação de varejo quanto ao LuizaCred. Ela vai fazer toda essa ligação do sistema (financeiro) que a gente já tem, ampliando possibilidades.

Qual é o balanço das aquisições deste ano?

A gente tem cinco pilares estratégicos: o superapp, a entrada em novas categorias de produtos, agilização das entregas, crescimento exponencial do negócio e pensar o Magalu como um provedor de serviços. Todas as 11 aquisições seguem esse direcionamento. São peças que se encaixam perfeitamente a essa estratégia.

Com o repique de covid-19, está difícil prever o ano de 2021?

O Brasil é volátil por natureza. Se nem o Banco Central consegue prever o que vai acontecer, não é a gente (que vai conseguir). Tenho de preparar meu time para que a gente cresça independentemente do cenário. Um modelo de negócios mais amplo, por exemplo, reduz riscos. E uma coisa não vai mudar: o Brasil ficou mais digital, mas a fatia (nas vendas) subiu de 5% para 10% (na pandemia). Tem muito espaço para crescer, pois na China esse porcentual é de 30%. E queremos ser protagonistas no digital. Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.