Por Sam Boughedda
Analistas do BofA (NYSE:BAC) disseram aos investidores, em uma nota emitida nesta quinta-feira, que as possíveis restrições dos EUA a remessas de semicondutores e ferramentas de computação de alta performance para a China ampliam os riscos para as ações do setor.
Segundo os analistas, reportagens na mídia indicavam que o governo dos EUA está preparando mais restrições a exportações de produtos de computação avançada (sub 14nm), inteligência artificial, design e tecnologia de produção de chips para empresas chinesas.
“As novas regras podem ir além dos produtos de IA recentemente afetados da NVDA/AMD, estendendo-se para um conjunto mais amplo de ferramentas de computação, memória, fabricação, inclusive semicondutores/instrumentos não produzidos nos EUA, mas que possuem propriedade intelectual do país”, escreveram analistas.
Ao comentar o que motivou as novas restrições, eles explicaram que o conflito EUA/China na indústria de semicondutores não é novo e, em 2018, provocou o banimento da Huawei.
Eles também estão sendo usados para restringir o acesso da China à tecnologia avançada de IA/computação dos EUA, capaz de ser utilizada em armamentos, biociências e aplicações de vigilância. Além disso, há rumores de que os EUA estão preocupados com a possibilidade de as empresas chinesas se tornarem as maiores fornecedoras mundiais desses produtos.
"Estimamos um impacto de vendas de cerca de 5-10% para as empresas dos EUA (proporção assumida de remessas 'de ponta' para clientes nacionais), embora com compensações se essa demanda se deslocar para outros clientes", disseram os analistas. "No cenário mais restritivo, entre os fornecedores dos EUA mais expostos a restrições estão: 1) fornecedores de GPU/CPU de computação NVDA, AMD, INTC, 2) fornecedores de equipamentos semicap: LRCX (mais expostos com YMTC ~10-12% dos sistemas e 6-7% do total de vendas), AMAT, KLAC e 3) fornecedores de EDA: SNPS, CDNS."