O que a Apple deve fazer em meio aos crescentes riscos geopolíticos, segundo JPMorgan

Publicado 28.04.2025, 10:16
Atualizado 28.04.2025, 21:28
© Reuters

Investing.com — A melhor resposta da Apple aos crescentes riscos geopolíticos é manter sua estratégia atual em vez de fazer mudanças drásticas, de acordo com analistas do JPMorgan (NYSE:JPM).

"Acreditamos que o caminho mais direto é continuar, se não acelerar, sua estratégia atual em vez de realizar uma mudança estratégica dramática", escreveu o JPMorgan em uma nota na segunda-feira.

A empresa afirmou que, embora a ideia de transferir a montagem do iPhone para os Estados Unidos tenha sido considerada, ela "enfrentaria desafios significativos em termos de custo e praticidade, já que os EUA atualmente lidam com limitações de infraestrutura e força de trabalho."

O JPMorgan alertou que mudar para uma estrutura de montagem nos EUA poderia "provocar um aumento de preço de 30% no curto prazo, assumindo uma tarifa de 20% sobre a China."

Em vez disso, o JPMorgan recomendou que a Apple (NASDAQ:AAPL) se concentre em "expandir a capacidade de fabricação em países como a Índia, que oferece uma alternativa promissora à China", enquanto "continua a investir na presença de fornecedores de componentes nos EUA."

Eles enfatizaram que expandir ainda mais na Índia "faz mais sentido tanto do ponto de vista de eficiência quanto de economia de escala."

Os analistas também destacaram que investimentos em fornecedores locais dos EUA ajudariam a Apple a "atender algumas das preocupações da administração americana em relação à fabricação local nos EUA."

Áreas potenciais para investimento incluem "processadores da capacidade americana da TSMC, Corning (NYSE:GLW) para vidro de display e vidro de proteção, ou potencialmente empresas ópticas, como Coherent (NYSE:COHR) e Lumentum, para sensores."

Destacando a economia de um iPhone, o JPMorgan observou que "o preço de US$ 1.000 é composto principalmente por componentes, que representam cerca de 50% do preço total, seguido de perto pelo lucro da Apple, que representa cerca de 45%."

A montagem e os lucros dos fornecedores representam apenas uma pequena parte do custo final, acrescentou a empresa.

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