Investing.com – O S&P 500 (SPX) fechou a semana passada em alta de 0,8%, completando cinco semanas seguidas de valorização, o que não acontecia desde o período entre maio e junho. O índice agora enfrenta uma resistência importante em torno de 4600 pontos, que corresponde às máximas de 2023. Se romper esse nível, o SPX pode buscar as máximas históricas próximas de 4800 pontos. Por outro lado, se recuar, o índice pode formar um padrão de topo duplo, que sinaliza uma reversão de tendência.
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O Dow Jones Industrial (DJI) foi o destaque da semana, com uma valorização de até 2,4%, acumulando um ganho de mais de 12% desde as mínimas de outubro. Esse foi o melhor desempenho de cinco semanas desde outubro do ano passado. O DJI encerrou a semana em 36245 pontos, com os investidores otimistas buscando um novo recorde acima de 36952 pontos. Já o índice composto da Nasdaq (IXIC) avançou 0,4%, ficando a poucos pontos de renovar a máxima de 2023 acima de 14446 pontos.
Os principais índices acionários dos EUA foram impulsionados pela postura mais “dovish” (branda) de alguns membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), responsável pela política monetária nos EUA. Entre eles, estão o governador do Fed, Christopher Waller, e a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, que em seus discursos públicos defenderam uma postura mais cautelosa na retirada dos estímulos monetários.
Agenda da semana tem foco no mercado de trabalho
Para esta semana, os investidores estarão atentos ao relatório JOLTS, que mede as vagas de emprego nos EUA, e ao índice de atividade do setor de serviços, ambos na terça-feira.
“O índice de serviços deve ter moderado em novembro, mas ainda deve mostrar expansão do setor”, afirmaram analistas da Bloomberg Intelligence.
O destaque da semana, no entanto, será o relatório de empregos (NFP) de novembro, que será divulgado na sexta-feira. Antes disso, na quinta-feira, saem os dados de pedidos iniciais de auxílio-desemprego.
“O relatório de empregos de novembro deve trazer sinais contraditórios sobre o mercado de trabalho. Por um lado, esperamos um aumento robusto da folha de pagamento não agrícola, após o fim das greves da UAW. Por outro lado, esperamos uma piora da taxa de desemprego, que deve subir para 4,0%. Nossa visão é que a economia está próxima de entrar em recessão”, disseram os analistas.
No noticiário de balanços, os relatórios mais relevantes da semana incluem AutoZone (NYSE:AZO), MongoDB (NASDAQ:MDB), Chewy (NYSE:CHWY), Broadcom (NASDAQ:AVGO), Lululemon (NASDAQ:LULU) e Dollar General (NYSE:DG)..
O que os especialistas estão comentando sobre o mercado de ações dos EUA
Stifel:
"Projetamos o S&P 500 alcançando cerca de 4.650 até meados de 2024, com o crescimento das ações de grande capitalização perdendo espaço para setores cíclicos como Bancos, Bens de Capital, Energia, entre outros. Essa mudança deve ocorrer em resposta ao crescimento econômico contínuo e à política monetária do Federal Reserve. Não antecipamos cortes do Fed na primeira metade de 2024."
Morgan Stanley:
"As tendências recentes dos mercados de ações estão atreladas às mudanças nos rendimentos dos títulos, que refletem a expectativa de futuros cortes de taxa. Com aproximadamente 130 pontos-base de cortes já incorporados até o fim de 2024, questiona-se o quão mais as taxas podem cair em um cenário de pouso suave para a economia."
JPMorgan:
"Embora não consideremos a recessão como o cenário principal, a economia está em um ponto delicado que não requer muito para se inclinar para uma contração. Diferentemente do ano passado, quando a recessão era a expectativa dominante, agora o consenso é de um pouso suave, sugerindo que talvez seja o momento de adotar uma postura contrária."
Oppenheimer:
"A atual recuperação de fim de ano após as baixas de outubro é positiva, mas traz preocupações de que os ganhos rápidos em tão pouco tempo possam ter elevado as ações a níveis de sobrecompra, indicando a possibilidade de ajustes no início do próximo ano."
Evercore ISI:
"O mercado de ações tem se mostrado resiliente, mesmo com diversos desafios. O LPA se beneficiou de uma economia mais robusta do que o previsto. As preocupações anteriores com a recessão agora dão lugar à expectativa de um pouso suave, impulsionado pelo estímulo continuado da pandemia ao consumo. As avaliações também têm sido apoiadas pela IA Generativa e pela recente queda nos rendimentos."