SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Grupo Executivo de Mercado e Preços da Petrobras (SA:PETR4) decidiu em sua primeira reunião reduzir o preço do diesel em 2,7 por cento e da gasolina em 3,2 por cento nas refinarias (média Brasil), segundo informou a estatal em nota nesta sexta-feira.
Esses preços entrarão em vigor a partir da zero hora de sábado (15), disse a Petrobras.
"A decisão do grupo gestor levou em conta o crescente volume de importações, o que reduz a participação de mercado da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo e derivados", explicou a estatal.
Com os preços dos combustíveis mais baixos no exterior do que no Brasil, muitos integrantes do mercado estavam aproveitando para importar derivados e ganhar mercado da estatal no país.
Segundo a Petrobras, o impacto do reajuste no preço final ao consumidor depende de decisões de postos de combustíveis e distribuidoras.
A assessoria de imprensa da empresa afirmou que, se o reajuste nos combustíveis for totalmente repassado para a bomba, o impacto seria de aproximadamente 0,05 real na bomba para os dois combustíveis.
NOVA POLÍTICA
Juntamente com o reajuste, a Petrobras anunciou que sua Diretoria Executiva aprovou, na quinta-feira, a implantação de uma nova política de preços de gasolina e diesel comercializados em suas refinarias, que deverá incluir avaliações para revisão de preços pelo menos uma vez por mês.
Dessa forma, haverá um maior número de reajustes por ano e de maneira mais rápida, disse a jornalistas o presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Executivos da companhia afirmaram ainda que a nova política objetiva atrair parceiros para o setor, em um momento em que a empresa busca vender fatia relevante na BR Distribuidora.
A nova política a ser praticada pela companhia terá como princípios: o preço de paridade internacional (PPI), que já inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias; uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, tais como volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e lucro; além de tributos.
A política também visa preservar o nível de participação no mercado e garantir que os preços nunca fiquem abaixo da paridade internacional.
(Por Roberto Samora, Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)