Petrobras tem lucro líquido de R$26,65 bi no 2º tri e anuncia dividendos

Publicado 07.08.2025, 21:56
Atualizado 07.08.2025, 23:10
© Reuters. Logo da Petrobras na sede da companhia no Rio de Janeiro

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) registrou lucro líquido de R$26,65 bilhões no segundo trimestre, em um período marcado por um aumento da produção de petróleo, mas também por um recuo do preço do petróleo Brent no mercado global, segundo relatório financeiro publicado nesta quinta-feira.

O resultado reverteu um prejuízo líquido de R$2,6 bilhões no mesmo período do ano anterior, que havia sido impactado por fortes efeitos tributários e cambiais.

Na comparação com o primeiro trimestre, o lucro líquido recuou 24,3%.

Em contrapartida, desconsiderando os eventos exclusivos do período, o lucro líquido alcançou R$23,19 bilhões, cerca de 2% inferior ao primeiro trimestre, quando o Brent médio estava 11,56% mais alto. O item extraordinário com maior impacto foi o gasto com um Acordo de Individualização da Produção (AIP), que somou R$3,8 bilhões.

"Tivemos uma excelente performance operacional no segundo trimestre, impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação", disse o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, no relatório.

Esses fatores, segundo o executivo, permitiram aumentar o volume de óleo e gás, "refletindo positivamente nos resultados financeiros e mitigando os impactos da queda no preço do Brent".

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado da Petrobras totalizou R$52,26 bilhões entre abril e junho, alta de 5,1% versus o mesmo período de 2024.

Entre abril e junho, a companhia registrou que o petróleo Brent, referência internacional, teve média de US$67,82, queda de 20,2% em relação ao mesmo período do ano passado e recuo de 10,4% na comparação com o primeiro trimestre.

Com o resultado, a Petrobras aprovou um pagamento de R$8,66 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares aos acionistas.

A receita de vendas da petroleira somou R$119,23 bilhões no segundo trimestre, queda de 2,6% na comparação anual e recuo de 3,3%% versus o trimestre imediatamente anterior.

MAIOR PRODUÇÃO

A petroleira estatal publicou anteriormente que sua produção média no Brasil no segundo trimestre foi de 2,32 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, o que representou uma alta de 7,6% na comparação anual e um avanço de 4,8% em relação ao primeiro trimestre.

E, nesta quinta-feira, anunciou que a produção aumentou em julho, somando 2,47 milhões de barris por dia (bpd), 380 mil bpd a mais em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Com a entrada de novas plataformas e os resultados operacionais, a Petrobras indicou, em relatório separado, que sua produção de óleo e gás em 2025 vai fechar na faixa superior de sua meta.

INVESTIMENTOS E DÍVIDA

Quanto aos investimentos, a Petrobras aportou no segundo trimestre US$4,43 bilhões, alta de 30,6% ante o mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, os investimentos somaram US$8,5 bilhões, alta de 32% na comparação com o mesmo período de 2024.

A companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida bruta de cerca de US$68,06 bilhões, avanço de 5,5% em comparação com o fim do primeiro trimestre, em função, principalmente, do crescimento do arrendamento de plataformas, com a entrada em operação dos FPSOs Alexandre de Gusmão e Almirante Tamandaré.

 

(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Andre Romani)

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