Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) engata seu segundo dia de queda na Bovespa e é negociada no menor patamar da semana em meio à queda do petróleo no mercado internacional.
A ação cede 0,7% e é vendida a R$ 15,68, com leve recuperação da mínima do intraday de R$ 15,63. Esse é o valor mais baixo desde 19 de janeiro e o menor patamar para um fechamento desde 10 de janeiro. A Petrobras ON cai 1,1%.
O papel da companhia ignora o aumento dos preços dos combustíveis anunciado ontem no final do dia. A partir de hoje, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras foi reajustado em 5,1% e a gasolina, em 1,4%.
O impacto do anúncio é neutro para a companhia, segundo a Guide, pois apenas reforça a política de preços já anunciada. A surpresa, contudo, vem pelo momento do reajuste, menos de um mês depois da última alteração, em 5 de janeiro. Desde então, o real flutuou de R$ 3,19 para os R$ 3,17 de ontem e o Brent passou de US$ 56,50 para US$ 55,50.
Hoje a cotação do petróleo cede 1% em meio à valorização do dólar no mercado internacional, que pressiona o valor dos demais ativos negociados na moeda. Os investidores também estão cautelosos aguardando os dados de sondas de exploração nos EUA.
A prestadora de serviços Baker Hughes divulga hoje às 18h a contagem de unidades de perfuração com contrato ativo nos EUA. Na semana passada o número saltou de 522 para 551, reforçando a tendência de aquecimento nas atividades do país, retornando ao nível do final de 2015.
Os investidores temem que o atual preço do petróleo na casa dos US$ 53-US$ 55 seja suficiente para a retomada da produção no shale dos EUA, aumentando a oferta global e reduzindo a força do acordo da Opep para cortar a sobreoferta.
Desde janeiro, países do cartel e grandes produtores mundiais cortaram certa de 1,5 milhão de barris/dia, cerca de 1,5% da oferta global. O acordo firmado no final do ano passado prevê que as nações enxuguem 1,8 milhão de barris/dia.
Fitch mantém perspectiva negativa
Ontem, a Fitch manteve a nota da Petrobras em BB (SA:BBAS3) e perspectiva negativa para o papel. A agência de classificação de risco justificou a decisão ao relacionar a empresa à nota do Brasil, seu controlador com 60,5% dos votos.
A empresa anunciou ontem que detentores de US$ 4,89 bilhões e € 631,6 milhões aceitaram recompra até 25 de janeiro. O valor pago será de US$ 5,89 bilhões.