Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos, nesta terça-feira, 20, mas recuperaram apenas modestamente as perdas acentuadas da sessão anterior. Hoje, o quadro de mais propensão ao risco nos mercados em geral apoiou as compras, embora a variante delta da covid-19 siga como uma incerteza para o ritmo da retomada global.
O petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,28% (+0,85), em US$ 67,20 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,06%, (+0,73%), a US$ 69,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Ontem, os contratos recuaram cerca de 7%, em meio a preocupações sobre a variante delta da covid-19 e seus impactos para a retomada e após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciar acordo para aumento gradual na oferta nos próximos meses. De acordo com a agência Dow Jones Newswires, apostas de investidores nos mercados de opções também ajudam a explicar o movimento da segunda-feira. Ela cita em reportagem o fundo de hedge Massar Capital Management, centrado em commodities, para quem as vacinas contra a covid-19 não devem prever surtos episódios da doença nem a introdução de novas medidas para controlar variantes do vírus. Para esse fundo, o petróleo pode recuar entre US$ 60 e US$ 65 o barril.
Já o Commerzbank diz em relatório que, apesar dos riscos no cenário, a demanda global "parece ainda se recuperar de modo dinâmico", com isso o mercado de petróleo pode acabar por ter déficit na oferta, nos próximos meses, apesar de aumentos na produção que a Opep+ deve implementar. Para o banco alemão, "de uma perspectiva dos fundamentos, o preço do petróleo deve se recuperar novamente, especialmente porque a Opep+ parece capaz de ajustar sua estratégia novamente, caso a renovada disseminação do vírus ameace diretamente a recuperação da demanda".
* Com informações da Dow Jones Newswires