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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os pilotos e comissários de voo rejeitaram a proposta das empresas aéreas mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e seguem em greve nesta sexta-feira.
A votação online terminou na madrugada desta sexta-feira e a proposta das empresas foi rejeitada por cerca dos 60% dos votantes. As reivindicações da categoria são por melhores salários e condições de trabalho.
Com isso, na manhã desta sexta-feira, a categoria voltou a parar por duas horas em alguns dos principais aeroportos do país. No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a Infraero registrou oito voos atrasados e quatro cancelados, enquanto no Santos Dumont, no Rio de Janeiro, houve cinco atrasos e nenhum cancelamento.
Os números são menores do que aqueles vistos em dias anteriores, quando o mau tempo chegou a impulsionar os impactos da greve. No Santos Dumont, na quarta-feira, dia de piores condições climáticas nesta semana, foram 131 atrasos e 80 cancelamentos, segundo a Infraero.
Os números desta sexta-feira ainda podem crescer ao longo da manhã, à medida que a administradora consolida os dados.
A oferta das companhias aéreas era de um aumento de INPC mais 1 ponto percentual, o que na prática daria quase 7%.
A votação foi aberta na tarde de quinta-feira após a apresentação da proposta pelo TST. Cerca de 6 mil tripulantes votaram, de acordo com o sindicato.
"A leitura é que a proposta não atendia os pleitos da categoria tanto no campo social quanto no campo econômico", disse à Reuters o diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Eduardo Monteiro. "Aguardamos uma solução para esse impasse e enquanto isso as paralisações diárias continuam", adicionou.
Desde segunda feira, de 6h às 8h, os aeronautas fazem paralisações em nove importantes aeroportos do país. O movimento tem causado atrasos e cancelamentos de voos na semana do Natal.
(Rodrigo Viga Gaier)