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Próxima fronteira da IA: BofA diz o que esperar da tecnologia

Publicado 05.05.2024, 09:48
© Reuters

Investing.com – Em um webinar recente, o BofA (NYSE:BAC) Securities abordou o avanço da adoção da inteligência artificial (IA), destacando perspectivas para gigantes da tecnologia, como a NVIDIA (NASDAQ:NVDA), integradores, como a EXLS, e diversas outras empresas. Confira a seguir uma análise dos principais aspectos discutidos:

Os primeiros usos de IA estão centrados na redução de custos e no aumento da conveniência. A migração e modernização de códigos otimizadas por IA ganhando tração, proporcionando economias de tempo e melhorias de eficiência.

Além disso, as ferramentas de Business Intelligence (BI) conversacional, que simplificam a extração e consulta de dados, estão sendo rapidamente adotadas. Indústrias como seguros, mídia e varejo demonstram um crescente interesse em ferramentas de sumarização de conteúdo baseadas em IA para dados não estruturados.

A complexidade da tecnologia de IA ressalta a importância dos parceiros de serviços de TI, um ponto enfatizado pela NVIDIA. As empresas continuam dispostas a investir em IA, apesar das recentes restrições orçamentárias em TI, reconhecendo seu potencial disruptivo. Espera-se um redirecionamento dos investimentos para a criação de centros de excelência em IA, com foco em gestão de Large Language Models (LLMs, grandes modelos de linguagem) e ajuste fino de modelos. O setor de saúde, por exemplo, pode priorizar investimentos em IA para descoberta de medicamentos e cuidados personalizados.

As demonstrações de IA destacam o aprimoramento dos serviços ao cliente mais do que a substituição de funções humanas. Por exemplo, guichês de atendimento ao cliente habilitados por IA fornecem aos atendentes informações preciosas sobre os clientes e soluções sugeridas. Da mesma forma, a IA auxilia varejistas na otimização de preços com base em tendências de redes sociais.

Os investimentos em IA estão cada vez mais focados em fortalecer a infraestrutura de dados, superando desafios potenciais no desenvolvimento de códigos. A significativa exposição da receita da EXL a serviços de dados e análise a posiciona para um crescimento acelerado. Ao contrário das preocupações iniciais, o foco na melhoria dos serviços baseados em IA indica riscos mínimos para as receitas de Business Process Outsourcing (BPO) na fase inicial de adoção.

O panorama da IA oferece oportunidades promissoras para empresas de todos os setores, visando o uso da tecnologia para aprimorar eficiência e atendimento ao cliente, em vez de substituir empregos. Com o amadurecimento da IA, os investimentos em infraestrutura de dados e parcerias estratégicas estão prontos para impulsionar o crescimento e a inovação futura.

IA expande demanda de energia por data centers

À medida que a inteligência artificial (IA) continua a revolucionar diversos setores, surge a questão: quanta energia essa tecnologia demandará?

Em uma nota de pesquisa recente, o Goldman Sachs (NYSE:GS) avaliou o impacto potencial da IA nas demandas globais de energia. A equipe de pesquisa de investimento global (GIR) do banco publicou um relatório intersectorial, destacando que a demanda global de energia por data centers deve mais que dobrar até 2030, impulsionando o crescimento anual composto (CAGR) da demanda de eletricidade nos EUA para 2,4%.

Os analistas projetam um CAGR de 15% na demanda de energia de data centers de 2023 a 2030, com esses centros representando 8% da demanda total de energia dos EUA até 2030, em comparação com cerca de 3% atualmente.

"Os analistas antecipam que isso resultará em cerca de US$ 50 bilhões em investimentos de capital na capacidade de geração de energia dos EUA acumulados até 2030, com uma divisão de 60/40 entre gás e renováveis", escreveu o Goldman.

Segundo o banco, as longas filas de interconexão são um desafio contínuo para conectar novos projetos à rede. Eles acreditam que acelerar o processo de permissão e aprovação de projetos de transmissão é crucial para mitigar esse problema.

"A maior restrição para o gás natural são os cronogramas de construção e licenciamento, onde os analistas observam um atraso médio de cerca de quatro anos entre o anúncio do projeto e a data de operação, o que significa que as primeiras adições de capacidade, se anunciadas hoje, não começariam a operar até aproximadamente 2028", afirma o banco.

"Os servidores de IA de nova geração consomem mais energia e oferecem maior velocidade de computação, embora a intensidade energética tenha diminuído significativamente", acrescenta o Goldman. "Pode haver uma vantagem significativa em relação ao cenário base dos analistas se o apetite por aquisição e uso de servidores não for limitado."

De acordo com as previsões de demanda de energia, a equipe de pesquisa do Goldman Sachs identifica dois grupos de beneficiários: "1) beneficiários do crescimento da demanda - empresas que se beneficiam das necessidades/preços de energia, incluindo produtores de energia não regulamentados, empresas de gás, empresas de armazenamento de energia e aquelas que fornecem soluções de energia para data centers; e 2) beneficiários da cadeia de suprimentos/infraestrutura - empresas que são."

Como um grande fabricante nacional de painéis solares, a First Solar (NASDAQ:FSLR) deve se beneficiar do aumento projetado em projetos de grande escala de serviços públicos necessários para suportar a crescente demanda.

A Kinder Morgan (NYSE:KMI) está "particularmente bem posicionada" para se beneficiar do aumento na demanda por gás natural.

"A demanda de energia dos data centers deve gerar cerca de 3,3 bcf/d de demanda incremental de gás natural até 2030; isso representa um aumento de cerca de 10% na quantidade de gás consumido no mercado de energia em relação ao atual. A KMI, como a maior transportadora de gás nos EUA, com uma participação de mercado significativa em regiões chave como o Texas, deverá capturar uma parcela considerável desse crescimento", conclui o Goldman Sachs.

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