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Que vantagem terá o viajante com acordo entre Gol e American Airlines?

Publicado 07.02.2022, 17:41
Atualizado 08.02.2022, 10:26
© Reuters.  Que vantagem terá o viajante com acordo entre Gol e American Airlines?

A Gol (GOLL4 (SA:GOLL4)) e a American Airlines (NASDAQ:AAL) (SA:AALL34) confirmaram, ontem (7), um acordo de compartilhamento exclusivo de voos, anunciado em setembro de 2021. Na prática, isso significa uma injeção de capital de US$ 200 milhões na companhia aérea brasileira. Em troca, a empresa norte-americana ganha uma fatia de 5,2% da Gol, adquirindo 22,2 milhões de ações. Para os viajantes, a transação promete vantagens:

  • Os clientes poderão comprar voos de conexão em ambas as companhias através de uma única reserva;
  • Os programas de fidelidade Smiles da Gol e AAdvantage da AA compartilharão benefícios;
  • Rotas entre América do Sul e América do Norte podem ter mais promoções de passagens;

Para o acionista da Gol, o aumento de capital provoca uma diluição acionária de cerca de 16%, estimou a XP (SA:XPBR31). O investimento da American Airlines avalia GOLL4 a R$ 47,03/ação. Isso representa 168% de prêmio em relação ao preço atual. “Embora reconheçamos esse prêmio como uma indicação de valor estratégico positivo da AA, não o vemos como uma sugestão de valuation”, dizem os analistas Pedro Bruno, Lucas Laghi e Gabriela Ferrante.

A XP vê a Gol se beneficiando desse acordo de três maneiras:

  • Sinergias, principalmente relacionadas a impostos, de sua recente aquisição do Smiles (SA:SMLS3)
  • Maior rentabilidade com o aumento da frota nos próximos anos, substituindo os atuais 737 NGs pelo mais eficiente 737 MAX)
  • Cenário de capacidade saudável, pois as companhias estão sendo disciplinadas na implantação de capacidade com foco em seus hubs

O que dizem as empresas

Em comunicado à imprensa, a American Airlines deu mais informações sobre o acordo do que o fato relevante da Gol. As suas redes combinadas fornecerão aos clientes mais de 30 destinos atendidos pela American nos EUA e mais de 34 novos destinos na América do Sul atendidos pela Gol.

A American diz que atende a América Latina desde 1942 e oferece serviço para 17 destinos na América do Sul, incluindo São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG) no Brasil, a partir de seus hubs nos EUA em Dallas-Fort Worth (DFW), Miami (MIA) e Nova York (JFK).

A companhia aérea dos EUA informa que transportou mais de 14 milhões de clientes entre os EUA e o Brasil nos últimos 10 anos. Já a Gol atende 63 destinos no Brasil, segundo a American.

Sobre as vantagens para usuários dos programas de milhas, a American citou o seguinte: “Em 2022, os associados dos programas de fidelidade Smiles da GOL e AAdvantage da American terão acesso a seus benefícios de status em ambas as companhias aéreas, como check-in prioritário, segurança e embarque prioritários, maior franquia de bagagem despachada, acesso ao lounge e assentos preferenciais. As duas companhias aéreas também esperam oferecer fidelidade conjunta aprimorada para fornecer aos clientes mais maneiras de ganhar e resgatar milhas”.

Em novembro, a Gol marcou para maio de 2022 o retorno de suas operações para os EUA: Orlando (MCO) e Miami (MIA), na Flórida, são as cidades que voltam a receber voos da Gol a partir de 13 de maio e 17 de maio, respectivamente, com saídas do aeroporto de Brasília (BSB), um dos hubs da empresa. Desde novembro de 2018, a Gol contempla os dois destinos em sua malha aérea internacional, suspensa em março de 2020 em razão da pandemia.

Em fato relevante, a Gol informou que o fechamento da transação com a American, incluindo a emissão e o pagamento pelas novas ações preferenciais a serem emitidas, está sujeito a condições, como a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), orgão antitruste.

“Todos os detentores de ações preferenciais da companhia, incluindo na forma de ADRs, poderão exercer seus direitos de preferência para subscrever novas ações a serem emitidas proporcionalmente às suas participações. Espera-se que os termos e condições detalhados do aumento de capital sejam aprovados pelo conselho de administração da Gol e divulgados oportunamente, incluindo o valor finald o aumento de capital em reais, o preço de emissão, a data de registro e os períodos e procedimentos para o exercício do direito de preferência pelos acionistas da companhia”, citou o fato relevante.

Preço de passagem

”A feroz competição com a Latam Airlines pode tornar mais difícil o aumento das tarifas aéreas”, comentaram os analistas Victor Mizusaki (Bradesco BBI) e Wellington Loureço (Ágora Investimentos), em nota sobre os números de tráfego de janeiro divulgados pela Gol.

No mês passado, a Gol disse que ter registrado uma taxa de ocupação de 82,8%, uma redução de 1,81 ponto percentual em relação ao período pré-pandemia (2019). “Os números de janeiro mostram uma lacuna mais estreita em relação aos níveis de 2019″, observaram os analistas.

Quanto ao retorno dos voos da Gol para os EUA, há uma má notícia. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA colocaram o Brasil no nível 4 de transmissão da covid, o que significa que existe um risco “muito alto” de infecção no país. Os EUA estão recomendando que os turistas americanos evitem viajar para o Brasil. México e Chile também estão no mesmo nível que o Brasil.

Esta classificação poderia retardar a recuperação das viagens aéreas internacionais no Brasil”, disseram os especialistas do Bradesco (SA:BBDC4) e da Ágora.

O acordo com a American Airlines representa mais passageiros de sua parceira e acionista para a Gol transportar. Um dos desafios da companhia brasileira é melhorar o atendimento e reduzir reclamações. No último dia 19 de janeiro, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou que, no terceiro trimestre de 2021, a Gol teve o maior número de reclamações a cada 100 mil passageiros transportados (194,7), à frente de Latam (101,1) e Azul (SA:AZUL4) (42).

Concorrência

Enquanto a Gol formaliza seu “casamento” com a American Airlines, a concorrente Latam (SN:LTM) já tem acordo de “codeshare” semelhante com a norte-americana Delta Air Lines (NYSE:DAL) (SA:DEAI34). Em dezembro, a Delta informou que está investimento na Latam, na Aeromexico e na Virgin Atlantic conforme cada transportadora sai de sua reestruturação ou recapitalização. “Após a conclusão de seus respectivos processos, a Delta tem como objetivo uma participação acionária de 20% na Aeromexico e uma participação acionária de 10% na Latam Além disso, a Delta manterá sua participação acionária de 49% na Virgin Atlantic. O investimento da companhia nessas empresas será de aproximadamente US$ 1,2 bilhão”, divulgou a Delta.

Eis detalhes sobre esses investimentos da Delta:

  • Latam: o Acordo de Joint Venture transamericano da Delta e da Latam combina a rede de rotas altamente complementares das transportadoras entre as Américas do Norte e do Sul. Após a aprovação da joint venture pelo tribunal chileno em outubro de 2021 a Delta e a Latam expandiram seus codeshares existentes para melhorar a conectividade entre as Américas do Norte e do Sul
  • Aeromexico: o Acordo de Cooperação Conjunta (JCA, na sigla em inglês) entre as companhias foi lançado em 2017. Nos últimos quatro anos, a Delta e a Aeromexico construíram uma rede transfronteiriça, com mais de 40 rotas populares de negócios e lazer a partir de seus principais hubs e oferecendo serviço nos maiores mercados de Nova York e Los Angeles
  • Virgin Atlantic: a joint venture da Delta com a Virgin Atlantic tem, desde 2013, consolidado a posição da Delta nas principais rotas dos Estados Unidos e do Reino Unido, incluindo a principal rota comercial de Nova York-JFK para Londres-Heathrow

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