Investing.com - Na parte final da manhã desta terça-feira na B3, as ações da rede drogarias RD, antiga Raia Drogasil (SA:RADL3), operam em queda de 1,90% a R$ 72,70. A companhia reportou na noite de ontem que teve lucro de R$ 137,7 milhões no trimestre, ficando praticamente estável na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para analistas da Brasil Plural (SA:BPFF11), a RD reportou resultados fracos. "Embora amplamente em linha com nossas previsões e um pouco fora do consenso do mercado, devemos destacar algumas tendências subjacentes negativas, como a de que a RD parece estar passando pela tempestade perfeita, levando a uma alavancagem operacional negativa", citaram em nota a clientes.
Na visão da Coinvalores, os resultados foram satisfatórios, destacando que companhia reportou aumento de 11,6% em sua receita líquida se comparada à do ao mesmo período do ano passado. As operações de drogarias registraram crescimento de 10,6%, enquanto a 4Bio cresceu 36,3% no período em análise. As vendas mesmas lojas tiveram crescimento de 2,5%, mas a companhia acabou reportando contração de 1,4% nas lojas maduras, que foi prejudicada pelo menor fluxo de clientes em função dos jogos do Brasil na Copa do Mundo.
O EBITDA cresceu 5% com margem sendo afetada em 0,5 p.p por conta da abertura de lojas no período em análise se comparado ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ficou 2,7% maior em relação ao 2T17.
Os analistas entendem que com número bons, mas nada excepcionais, a empresa manteve seu plano de crescimento através da abertura de lojas, prevendo atingir 240 lojas abertas nos anos de 2018 e 2019. Eles não acreditam que suas ações venham a apresentar valorização no dia de hoje já que seus números vieram dentro do esperado.
Para a Mirae Asset, o resultado foi neutro e não surpreendeu, ao contrário do que vinha ocorrendo em trimestres anteriores. Os analistas esperam melhora ao longo dos próximos trimestres. A recomendação continua sendo neutra, com potencial de valorização de 5%. A RADL3 negocia a um múltiplo EV/EBITDA 2018 de 19,3x e para 2019 de 16.0x
A visão do Banco do Brasil (SA:BBAS3) Investimentos (BB-BI) é também de resultados mistos, com os números ficando levemente abaixo do esperado pelo mercado. O ponto positivo ficou para as margens operacionais, que ficaram dentro do esperado. Já o fluxo de caixa operacional melhorou 77,1% na comparação anual, atingindo R$ 121 milhões.
Os analistas acreditam que os resultados devem seguir impactados pelo menor aumento dos preços dos medicamentos, aumento da competitividade e uma maior participação na carteira de bens duráveis e semiduráveis nas compras dos consumidores.
A recomendação segue market perform, com preço-alvo de R$ 80,50.
Resultado
Entre abril e junho, o faturamento bruto da companhia subiu 11,6 por cento na comparação anual, para 3,792 bilhões de reais. No conceito mesmas lojas, contudo, as vendas aumentaram 2,5 por cento, desacelerando frente ao avanço de 6,1 por cento apurado no segundo trimestre de 2017.
A companhia atribuiu a queda aos jogos do Brasil na Copa do Mundo, que teriam impactado a receita trimestral, neutralizando um efeito calendário positivo de 0,6 por cento no período.
As ações da RD subiram mais de 11 por cento em julho. Em 2018, contudo, acumulam queda de quase 19 por cento.
A RD ampliou em 14,2 por cento os gastos com vendas no segundo trimestre, para 704,3 milhões de reais, o equivalente a 18,6 por cento da receita bruta, ante 18,2 por cento um ano atrás. Por outro lado, as despesas gerais e administrativas tiveram uma diluição de 0,2 ponto percentual na comparação anual, somando 83,3 milhões de reais.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 316,6 milhões de reais entre abril e junho, um aumento de 5,2 por cento ano a ano. A margem Ebitda subiu a 8,4 por cento, de 8,9 por cento um ano atrás.
Com Reuters.