Por Carolina Mandl e Tatiana Bautzer
SÃO PAULO (Reuters) - A Raízen, joint venture entre a Cosan (SA:CSAN3) e a Royal Dutch Shell (LON:RDSa) (SA:RDSA34), escolheu os bancos de investimento do BTG Pactual (SA:BPAC11), Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Citi (NYSE:C) (SA:CTGP34) e Credit Suisse (SIX:CSGN) (SA:C1SU34) como coordenadores de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), disseram três pessoas com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.
O IPO da Raízen deve ser um dos maiores do ano e levantar até 13 bilhões de reais, segundo as fontes, que pediram anonimato para revelar discussões privadas.
A Raízen, que já é a maior produtora mundial de açúcar, também controla uma das maiores redes de postos de gasolina do país e é a quarta maior empresa do Brasil por receita líquida, que chegou a 120,5 bilhões de reais em 2019. Fica atrás apenas de Petrobras (SA:PETR4), Vale (SA:VALE3) e JBS (SA:JBSS3).
Procurados pela Reuters, a Raízen e os bancos não comentaram o assunto.
A Raízen pretende fazer a listagem apenas no Brasil, segundo uma das fontes, e espera fazer a transação entre junho e julho, usando números do balanço do primeiro trimestre.
Os quatro bancos de investimento escolhidos pela companhia serão os principais bancos, mas o sindicato deve ter também outras instituições ajudando na distribuição. Os outros bancos devem ser definidos nesta semana.
Uma das fontes disse que a Raízen pode atingir um valor de mercado de até 100 bilhões de reais. A joint venture comprou recentemente a Biosev SA (SA:BSEV3), unidade de açúcar e álcool do grupo Louis Dreyfus, num negócio que será pago em dinheiro e ações.
Como parte do negócio, os acionistas da Biosev receberão 3,5% das ações preferenciais da Raizen, mais 1,49% de ações resgatáveis.
A Raízen é uma das interessadas na compra de refinarias que a estatal Petrobras colocou à venda. A empresa entregou oferta pela refinaria Repar, do Estado do Paraná. Mas o processo foi cancelado e a Petrobras pretende relançá-lo em breve.