BBAS3: Como as ações do Banco do Brasil vão reagir após o balanço do 2º trimestre
Investing.com – Analistas da Capital Economics apontaram, em relatório divulgado na quinta-feira, que após o desempenho robusto no primeiro semestre, o rali dos ativos de mercados emergentes perdeu fôlego.
A consultoria observou que essa desaceleração ficou mais evidente nas últimas semanas, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar novas tarifas.
Segundo o documento, “a recente série de ordens executivas elevou as tarifas para níveis superiores aos previstos, especialmente para diversos países asiáticos, além do Brasil e da África do Sul”.
Como consequência, as moedas de economias emergentes registraram desvalorização generalizada frente ao dólar, enquanto a média das ações desses mercados interrompeu o avanço consistente observado em relação aos mercados desenvolvidos.
Ainda assim, a Capital Economics avaliou que a reação dos investidores às medidas tarifárias foi “relativamente contida”, reflexo do alívio pela maior previsibilidade ou da expectativa de que acordos futuros possam reduzir as tarifas em vigor.
Embora a consultoria projete um possível enfraquecimento do comércio global à medida que a disputa tarifária se prolonga, sua leitura geral é de que “o sentimento em relação aos mercados emergentes segue predominantemente otimista”.
Entretanto, o relatório ressalta outros fatores que podem limitar esse cenário, como a possibilidade de o Federal Reserve flexibilizar menos a política monetária do que o esperado e as projeções negativas para os preços das commodities.
“Todos esses elementos nos levam a crer que a narrativa positiva para os ativos de mercados emergentes tende a se dissipar”, afirmou a Capital Economics. “Não vemos muito espaço para a retomada de um desempenho superior consistente, embora ainda projetemos ganhos adicionais.”
Apesar do tom cauteloso, a consultoria identifica pontos de otimismo em alguns mercados específicos, com o interesse em torno da inteligência artificial continuando a sustentar as ações na Ásia, sobretudo em Taiwan e na China.
Para a renda fixa, a projeção é de “retornos relevantes” em títulos locais emitidos por Turquia, Brasil e África do Sul.