Recuperação judicial independe de fusão com Azul, diz CEO da GOL

Publicado 24.01.2025, 10:11
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O CEO da GOL, Celso Ferrer, disse que a fusão da companhia aérea com a Azul (BVMF:AZUL4) não tem influência na continuação do processo de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos, o chamado “Chapter 11”. Segundo ele, a GOL não vai quebrar caso o negócio não se concretize.

A fusão com a Azul, conforme o CEO da aérea, é uma alternativa de negócio. “A gente não depende desse negócio para sair do ‘Chapter 11’. Ele é totalmente separado”, declarou em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta 6ª feira (24.jan.2025).

A Abra (dona da GOL) e a Azul assinaram em 15 de janeiro um memorando de entendimento que pode levar à fusão das companhias.

Conforme o comunicado divulgado na época (íntegra PDF – 100 kB), o fechamento da operação está sujeito à “consumação do plano de reorganização da GOL no âmbito do ‘Chapter 11’ e ao recebimento, pela Abra, da devida contraprestação correspondente”.

O processo ainda depende de aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

O plano de recuperação judicial da empresa foi protocolado em 29 de novembro de 2024. Ele pretende converter em capital uma parcela significativa do endividamento da companhia.

Segundo Ferrer, o processo de captação deve ser concluído nos próximos 2 meses. A estimativa é que a GOL finalize o processo do “Chapter 11” em maio ou junho.

O mais importante [na reestruturação], e que acabou sendo agora o pilar principal do plano, era restabelecer a capacidade operacional. As negociações foram para reter o maior número de aviões possível. Ao contrário daquela coisa de arrancar aviões daqui por outra empresa”, disse.

Nosso objetivo é, até o começo de 2026, não ter mais avião parado por conta de reestruturação”, declarou.

Perguntado se uma eventual fusão não poderia encarecer as passagens, Ferrer respondeu: “A resultante desse negócio não vai ser subida de preço, que vai acontecer independentemente de combinação de negócio quando o mercado está desatendido”.

Juntas, GOL e Azul terão mais de 60% do mercado brasileiro e criarão uma gigante do setor aéreo. Em 2024, as companhias transportaram 57,4 milhões de passageiros para destinos brasileiros. Isso representa 61,4% do total. A Latam transportou 35 milhões (37,5%).

Em relação às decolagens, a Azul liderou no último ano, com 290,1 mil. Esse resultado é explicado porque a empresa opera em muitos destinos pouco povoados e com aviões pequenos. A GOL registrou 204,3 mil decolagens no período. E a Latam, 238,1 mil.

Hoje, as 3 maiores empresas (Latam, Azul e Gol (BVMF:GOLL4)) detêm 98,9% do transporte doméstico de passageiros.

Já sobre a frota, GOL e Azul têm, juntas, 327 aviões, segundo as últimas informações divulgadas por cada empresa em comunicados à imprensa ou balanços financeiros. Os dados variam por questões técnicas (alguns modelos saem de operação e outros são comprados, por exemplo). Em caso de fusão, as empresas ocupariam de longe o topo de ranking de maior frota. A Latam tem 163 aeronaves.

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