Por Marianne Paim
Investing.com - O petróleo operava em queda nesta terça-feira, 30, devido a preocupações com o crescimento da economia global, principalmente nos EUA, maior país consumidor do produto no mundo, ofuscando o alívio em relação ao acordo sobre o teto da dívida pública no país.
Às 12h30 de Brasília, o petróleo norte-americano cedia 3,45%, a US$70,17 por barril, enquanto o Brent, que serve de referência para a Petrobras (BVMF:PETR4), se desvalorizava 3,55%, a US$ 74,36 por barril, no mercado futuro.
CONFIRA: Cotações das commodities
As ações das empresas de pequeno porte do setor de petróleo, chamadas “junior oil”, seguiam o mesmo ritmo e recuavam no pregão desta terça-feira (30). Às 12h30, Enauta (BVMF:ENAT3) caía 2,47% sendo cotada a R$ 12,25, 3R (BVMF:RRRP3) acumulava queda de 2,55% a R$ 29,79. Já Petro Rio (BVMF:PRIO3) perdia 1,88%, cotada a R$34,45 e Petrorecôncavo (BVMF:RECV3) recuava mais de 4%, a R$17,07.
Mesmo com o otimismo sobre o andamento do teto da dívida nos EUA, o setor não se animou, diante do temor dos operadores de que, após a remoção dessa ameaça econômica, o Federal Reserve possa se sentir encorajado a aumentar os juros novamente em sua próxima reunião, em junho, o que poderia desaquecer a atividade econômica para combater a inflação.
Esse cenário acabou fortalecendo o dólar hoje, que atingiu a máxima de dois meses na terça-feira, tornando o petróleo mais caro para os compradores estrangeiros.
Os operadores também estão preocupados com o vigor da recuperação econômica da China, maior importadora de petróleo do mundo, antes da divulgação de importantes dados sobre a indústria manufatureira e o setor de serviços em maio, previstos para quarta-feira.
Esses números devem mostrar se houve uma desaceleração maior da retomada econômica no país durante o mês, após uma sequência de indicadores fracos em abril.
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