Por Sam Boughedda
Os analistas de Wall Street tiveram reações mistas ao último balanço da IBM (NYSE:IBM), que superou as expectativas consensuais do mercado, com um lucro de US$ 3,60 por ação sobre uma receita de US$ 16,7 bilhões.
Os analistas do Stifel cortaram o preço-alvo do papel em US$ 8, para US$ 150, após a divulgação do relatório, declarando que a tendência de receita estável da companhia foi ofuscada por uma projeção fraca de fluxo de caixa livre (FCL). O Stifel, que manteve a recomendação de compra na ação, declarou que houve uma queda dos efeitos cambiais adversos nos últimos três meses, mas isso acabou não favorecendo o FCL, levando-os a acreditar que o benefício seria reinvestido ou reservado como um possível “colchão” financeiro, se necessário.
Os analistas do BMO Capital elevaram o preço-alvo da IBM para US$ 155, por acreditar que a companhia entregou resultados “razoáveis”, com sólido crescimento da receita no EF23, principalmente em consultoria. No entanto, ressaltaram que a empresa reportou margens/FCL sem muito brilho. “Diante da confiança maior na projeção de Consultoria da IBM, estamos avaliando a possibilidade de ficarmos mais otimistas, embora questionemos o potencial crescimento do segmento devido ao macro mais fraco”, escreveram.
Da mesma forma, analistas do Citi disseram que a projeção de crescimento de receita e assinaturas da IBM eram encorajadoras, mas a previsão de expansão de margem e FCL da companhia acabou decepcionando. Eles mantiveram uma classificação neutra para as ações, elevando o preço-alvo de US$ 140 para US$ 145, e afirmando que as contratações de consultoria da IBM são positivas, mas as margens operacionais e o FCL não atenderam às expectativas, principalmente com os efeitos cambiais adversos a partir de agora. Portanto, os analistas do Citi disseram que as estimativas da empresa "passam por revisões levemente negativas".