Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu por unanimidade suspender a AGE (Assembleia Geral Extraordinária) da BRF (BVMF:BRFS3) que avaliaria sua incorporação pela Marfrig (BVMF:MRFG3). A reunião para tratar da fusão estava marcada para esta 2ª feira (14.jul.2025) e foi adiada pela 2ª vez consecutiva.
A suspensão reflete preocupações quanto à insuficiência de dados para que os acionistas possam avaliar adequadamente os impactos da fusão. Os documentos adicionais exigidos pela CVM são considerados essenciais para a análise completa da operação.
O órgão regulador condicionou o prosseguimento da operação à apresentação de documentação complementar, principalmente sobre relação de troca e projeções financeiras.
A exigência altera o cronograma inicial da união, que criaria uma das maiores companhias globais no setor de proteínas. A fusão entre BRF e Marfrig, que resultaria na formação da MBRF Global Foods Company, foi anunciada em maio de 2025.
A 1ª suspensão ocorreu quando a AGE estava programada para 18 de junho. Um dia antes da data, a CVM determinou o adiamento de 21 dias após solicitação de Alex Fontana, membro da família fundadora da Sadia e acionista da BRF.
O pedido de Fontana, baseado na alegação de documentação insuficiente, foi acatado pelo regulador.
Além das questões na CVM, a operação também está sob análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Em 7 de julho, o Cade estabeleceu prazo de 10 dias para que BRF e Marfrig respondam ao questionamento apresentado pela Minerva (BVMF:BEEF3), empresa líder em exportação de carne bovina na América do Sul.
A Minerva questiona possíveis riscos concorrenciais da operação, destacando especificamente a participação do fundo saudita Salic tanto no capital da Marfrig quanto em seu próprio capital.
Ainda não foram divulgadas as novas datas para realização da AGE, nem o prazo para entrega dos documentos complementares exigidos pela CVM.