O risco-país, ou CDS Credit Default Swap de 5 anos, do Brasil atingiu 157 pontos na atualização de 6ª feira (17.nov.2023). É o menor patamar em 34 meses –quase 3 anos e meio.
O dado mais recente foi divulgado pelo World Government Bonds. A série histórica do indicador está na plataforma Investing.
Antes do valor registrado neste sábado, o patamar mais baixo de risco-país foi em 16 de fevereiro de 2021. Eis o histórico no infográfico abaixo:
O CDS tem uma função parecida com a cotação do dólar, que é avaliar o grau de incertezas de um país. É um contrato em que é possível assumir o risco de crédito de outra pessoa ou empresa. Por exemplo: um credor opta pelo CDS para compensar ou trocar o risco de possível inadimplência de um empréstimo.
Há 1 ano, o último mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o risco-país estava em 261 pontos. Começou o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos 250 pontos.
A queda do indicador se dá no mesmo período em que o Brasil apresenta alguns resultados econômicos mais favoráveis, como a queda gradual da taxa de juros e o consequente controle da inflação.
A aprovação da reforma tributária no Senado e na Câmara também deve ter influenciado na queda do índice. O texto, que define uma nova forma de pagamento dos impostos pelos brasileiros, deve voltar aos deputados ainda em 2023.
Além disso, o resultado de 6ª feira se dá na mesma semana em que o governo de Lula decidiu manter a meta de zerar o deficit das contas públicas em 2024 em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). Havia dúvidas se a gestão iria manter o objetivo.
O indicador também tem, historicamente, movimentos parecidos com o dólar. Quanto maiores as incertezas acerca da economia do país, mais elevada ficará a pontuação.