(Reuters) - A Rússia manteve uma de suas principais rotas de fornecimento de gás para a Europa fechada neste sábado, alimentando temores de escassez de combustível no inverno e destacando diferenças entre a Gazprom e a alemã Siemens Energy (ETR:ENR1n) sobre o trabalho de reparo na tubulação.
Já lutando para domar os preços crescentes do gás, os governos europeus esperavam que o oleoduto Nord Stream 1 retomasse os fluxos após uma curta manutenção nesta semana, mas a Rússia cancelou abruptamente o reinício, citando um vazamento de óleo em uma turbina.
A Europa acusou a Rússia de armar suprimentos de energia no que Moscou chamou de "guerra econômica" com o Ocidente devido às consequências da invasão russa da Ucrânia. Moscou culpa sanções ocidentais e problemas técnicos por interrupções no fornecimento.
A última paralisação do Nord Stream, que a Rússia diz que durará o tempo que for necessário para realizar os reparos, somou-se aos temores de escassez de gás no inverno europeu que poderia ajudar as principais economias à recessão e ao racionamento de energia.
A descoberta do vazamento de petróleo na sexta-feira coincidiu com as democracias do Grupo dos Sete (G7) prosseguindo com planos de impor uma diferença de preço no petróleo russo, com a intenção de reduzir os recursos do presidente Vladimir Putin para combater a guerra na Ucrânia.
A escassez de gás também levou a Suécia, membro da União Europeia, a revelar neste sábado um pacote de apoio financeiro para empresas de energia.
"Se não agirmos, há um sério risco de rupturas no sistema financeiro, que na pior das hipóteses podem levar a uma crise financeira", disse a primeira-ministra Magdalena Andersson.
"Putin quer criar divisão, mas nossa mensagem é clara: você não terá sucesso", disse ela.
(Reportagem de Riham Alkousaa, Nina Chestney, Supantha Mukherjee e Johan Ahlander; texto de Matthias Williams)