Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A temporada de balanços do segundo trimestre de 2022 está começando e a expectativa é que os resultados tragam maiores detalhes sobre o impacto nas empresas da inflação global, das disrupções nas cadeias de produção e dos riscos crescentes de uma recessão.
Para a XP (BVMF:XPBR31), apesar do cenário econômico mais desafiador, as previsões para os próximos 12 meses, 2023 e 2024 subiram levemente durante o trimestre. Ao longo do período, as projeções de lucros foram revisadas para um avanço de 8% em relação ao 2T21.
Para as receitas neste trimestre, o esperado é de um avanço anual de 18,2%, porém, a expectativa é que o lucro por ação (LPA) das empresas recue -8%, devido ao risco de uma economia mais fraca.
O 2T22 foi marcado pelo aumento do temor de uma recessão, principalmente nos EUA, com a inflação do país atingindo os maiores patamares desde 1980. Assim, o Federal Reserve iniciou seu processo de alta de juros no início do ano, na tentativa de trazer a inflação de volta para sua meta, ao redor de 2%.
Porém, como os preços continuam subindo a níveis recordes e não parecem estar prontos para começarem a cair, o banco central americano passou a sinalizar altas de juros maiores. Essa retirada de estímulos, por sua vez, pode levar à contração de demanda, e uma desaceleração econômica, explica a XP.
Essa preocupação fez com que o Ibovespa caísse -17,9% durante o 2T22 em reais e -25,2% em dólares. A queda do índice na moeda americana é percebida de forma mais acentuada, considerando que no mesmo período, o S&P 500 recuou 16,5%.
Olhando para os próximos meses, a XP afirma que é o mercado deve aguardar com expectativas para ver se o Fed conseguirá levar a economia americana a uma leve desaceleração ou se a recessão americana virá de maneira mais profunda.