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Saldo externo na Bovespa fica negativo em R$1,8 bi em maio após 3 meses de entradas líquidas

Publicado 02.06.2016, 12:56
Atualizado 02.06.2016, 13:00
Saldo externo na Bovespa fica negativo em R$1,8 bi em maio após 3 meses de entradas líquidas
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou maio com saldo externo negativo após três meses de entradas líquidas, em meio à correção verificada em mercados emergentes e diante da perspectiva de aumento dos juros nos Estados Unidos e certa cautela de investidores após a mudança no comando do Brasil.

As saídas de recursos da bolsa superaram as entradas em 1,8 bilhão de reais. No ano, contudo, o saldo ainda é positivo, em mais de 11 bilhões de reais. Após janeiro fechar com saídas líquidas de 167,3 milhões de reais, o fluxo positivo prevaleceu em fevereiro, março e abril.

Estrategistas e gestores atrelaram tal resultado principalmente ao cenário global, com mercados emergentes de modo geral passando por um ajuste, após três meses de relativa euforia amparada principalmente na alta de preços de commodities e fraqueza global do dólar.

O índice MSCI de referência para mercados emergentes, que mostrava alta acumulada no ano de quase 6 por cento no final de abril, agora contabiliza ganho inferior a 2 por cento. O ETF iShares MSCI Brazil passou a acumular alta ao redor de 25 por cento, após subir mais de 40 por cento no final de abril.

De acordo com o superintendente de Gestão de Fundos da Santander (SA:SANB11) Asset Management Brasil, Roberto Reis, tal movimento refletiu uma combinação de dados mostrando um crescimento global abaixo das expectativas traçadas inicialmente com uma reprecificação das apostas para o ciclo de alta dos juros norte-americanos depois da metade do mês.

"Houve um certo ajuste ao exagero de abril", disse, argumentando que tal ímpeto encontrou suporte entre outros fatores na valorização das commodities, que abrandaram em maio, principalmente o minério de ferro.

A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, divulgada em 18 de maio, foi responsável por elevar significativamente as expectativas de que o banco central norte-americano possa aumentar as taxas de juros.

Nela, membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sinalizaram que poderão elevar os juros em junho se os dados indicarem crescimento econômico mais forte no segundo trimestre, bem como alta da inflação e melhora no emprego.

O estrategista Carlos Sequeira, do BTG Pactual (SA:BBTG11), também chama a atenção para o efeito do cenário doméstico no movimento de fluxo, após a aprovação da abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, que levou ao afastamento dela do cargo.

"Eu mesmo tinha a expectativa de ver mais fluxo entrando após esse evento, mas a percepção que temos é de que os investidores estão esperando a nova fase dessa mudança, se o governo de Michel Temer terá apoio, se é funcional", disse Sequeira.

O chefe da mesa de investidores institucionais da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo endossa a assertiva e diz que estão aguardando definições políticas para decidirem se investem ou deixam o Brasil.

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