Por David Shepardson e Joseph White
(Reuters) - O sindicato dos trabalhadores do setor automotivo, UAW, fez nesta quinta-feira uma nova contraproposta à Stellantis (NYSE:STLA), controladora da Chrysler, apenas um dia antes de uma esperada expansão da greve para mais fábricas dos Estados Unidos.
Um dirigente sindical confirmou a nova proposta, à medida que as negociações com Stellantis, General Motors (NYSE:GM) e Ford (NYSE:F) permanecem ativas no décimo quarto dia de greve.
O UAW e as empresas têm divergido em questões fundamentais. Nesta quinta-feira, a posição do sindicato é de que os trabalhadores deveriam obter aumentos salariais de 40%, ajustes no custo de vida atrelados à inflação e garantias de emprego ou remuneração. A entidade também demanda o fim dos salários mais baixos para funcionários com menos tempo de casa e benefícios de pensão definidos.
Uma grande questão nas negociações continua sendo a remuneração dos trabalhadores que fabricam baterias para veículos elétricos. A Ford anunciou esta semana a paralisação da construção de uma fábrica de baterias de 3,5 bilhões de dólares em Michigan, devido a preocupações de que não poderia operá-la de forma competitiva, o que gerou críticas do UAW.
As montadoras estão oferecendo aumentos salariais de 20%, mas têm proposto custos de vida e benefícios de aposentadoria menos generosos. As empresas também não concordaram com a exigência do UAW de que novos contratados recebam maiores salários após 90 dias de trabalho.
A Stellantis criticou nesta quinta-feira a retórica do UAW.
"O uso deliberado de retórica inflamatória e violenta é perigoso e precisa parar. As empresas não são 'o inimigo' e não estamos em 'guerra'", disse a Stellantis, acrescentando que "colocou uma oferta recorde na mesa e está trabalhando duro para chegar a um acordo o mais rápido possível."
(Reportagem de David Shepardson e Joe White)