Sonda da Petrobras poderá viajar para Foz do Amazonas até o final do mês, dizem fontes

Publicado 20.05.2025, 15:53
© Reuters. Logo da Petrobras

Por Rodrigo Viga Gaier e Fabio Teixeira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O navio-sonda que a Petrobras (BVMF:PETR4) planeja usar para perfurar a Bacia da Foz do Amazonas estará pronto para viajar ao local, em águas ultraprofundas da costa do Amapá, até o fim do mês, disseram três fontes próximas ao assunto à Reuters, enquanto a empresa corre para obter uma licença de perfuração na região considerada uma nova fronteira petrolífera.

Segundo as fontes, o trabalho de limpeza de corais da sonda está quase concluído. Com a atividade finalizada, a embarcação estaria pronta para partir para a região considerada promissora em reservas de petróleo, mas também sensível em termos ambientais.

Na segunda-feira, o órgão ambiental Ibama aprovou o conceito da Petrobras de um plano de emergência para auxiliar a fauna local em caso de vazamento de óleo. A empresa agora deve realizar uma simulação que, segundo ela, é o último passo antes de obter a licença.

O navio-sonda levaria entre 20 e 30 dias para chegar ao Amapá depois de sair do Rio de Janeiro. Assim, até o final de junho a companhia estaria pronta para realizar o simulado.

A data para a simulação será definida em comum acordo entre a Petrobras e o Ibama, mas seria "difícil" que isso acontecesse em junho, disse uma fonte do Ibama à Reuters, acrescentando que seria necessário deslocar pessoal de outras funções para executar a simulação.

Em declaração enviada à Reuters, o Ibama disse que dará início ao planejamento para execução das atividades relacionadas à realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), mas que ainda não é possível informar a data de realização da APO.

A equipe do Ibama se posicionou majoritariamente contra a proposta da Petrobras, tendo assinado um documento em fevereiro dizendo que o plano de resgate da fauna tinha apenas uma "remota possibilidade" de sucesso.

A região ambientalmente sensível abriga vastos recifes de corais e comunidades indígenas costeiras.

Em 2023, o Ibama negou um pedido da Petrobras para perfurar na área, ao qual a empresa recorreu imediatamente, alimentando divisões no governo brasileiro entre defensores do meio ambiente e aliados que pressionavam pelo desenvolvimento da indústria de petróleo e gás na região.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Fabio Teixeira)

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