Investing.com – A incerteza predomina nos principais índices acionários mundiais desde a última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), realizada em 20 de setembro, quando a autoridade monetária afirmou em manter a taxas de juros elevadas até que a inflação recue para 2% ao ano. Como a inflação ao consumidor está a 3,7% na base anual, houve uma elevação nos juros dos títulos soberanos dos EUA, que atingiram o maior patamar desde 2007 e pesaram sobre os papéis, com os juros dos títulos de {{23705|10 anos} se aproximando de 5%.
Indicadores econômicos recentes, como emprego e consumo, surpreendem positivamente e sinalizam forte crescimento no terceiro trimestre.
Esses dados devem favorecer os resultados corporativos e ajudar o S&P 500 a reverter a queda nos lucros que persiste há quase um ano. No entanto, o efeito dos juros mais altos na economia e nos lucros é uma fonte de preocupação.
Embora os dados robustos posterguem o arrefecimento econômico, os impactos dos juros mais altos devem se manifestar no futuro.
Segundo uma análise da Bloomberg, as ações demoraram em média 11 meses após o pico dos juros em um ciclo de aperto para começar a cair desde as máximas.
Enquanto muitos analistas estão mais cautelosos com o cenário de curto prazo para as ações, analistas do Piper Sandler se mostram “impressionados” com a “resistência do S&P 500 em absorver a negatividade e manter o suporte” de 4.200 pontos.
Os estrategistas do banco acreditam que as condições extremamente desfavoráveis na amplitude, com o índice se mantendo acima do suporte de 4.200, deixam as ações preparadas para uma recuperação no quarto trimestre, que é sazonalmente favorável. Eles projetam o S&P 500 em 4.825 até o final do ano, o que seria um novo recorde.
“Enquanto o índice permanecer acima do suporte de 4.200, acreditamos que é apenas uma questão de tempo até que os comprados assumam um controle mais firme sobre as ações”, afirmaram os analistas.
O índice fechou ontem a 4.314,60, sugerindo um potencial de alta de quase 12% em relação ao preço-alvo do Piper Sandler.