Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Starbucks Corporation (NASDAQ:SBUX) (SA:SBUB34) eram negociadas com alta de 6,22% às 13h55 (de Brasília) desta quarta-feira, cotadas a U$ 88,29. O BDR da ação subia 4,65%, a R$447,71.
A empresa disse que Kevin Johnson irá deixar o cargo de CEO para ser substituído pelo ex-executivo-chefe Howard Schultz, que comandou a empresa por muito tempo, embora temporariamente, enquanto a cadeia de cafés busca um sucessor.
As ações também foram impulsionadas pela melhoria da classificação da J.P. Morgan para "overweight", com preço-alvo de US$ 101, um aumento de mais de 21% em relação ao seu último valor de fechamento. O banco mencionou o valuation atraente como a razão para seu otimismo com o ativo.
LEIA MAIS: Starbucks quer abandonar copos descartáveis de café até 2025
Johnson irá deixar o cargo e também seu posto no conselho de administração, com efeitos a partir de 4 de abril, e continuará em um papel consultivo para a empresa até setembro.
A mudança na alta administração ocorre num momento em que a empresa sofre acusações de frustrar tentativas de sindicalização em suas diversas lojas nos EUA, enquanto atravessa turbulências provocadas pela pandemia.
O sindicato Workers United, afiliado ao Service Employees International Union, prevaleceu em seis de sete votações sindicalização realizadas em unidades da Starbucks gerenciadas pela própria empresa, marcando uma presença trabalhista na companhia. O grupo pediu para representar os trabalhadores em mais de cem outras lojas da Starbucks, segundo a Bloomberg.
A empresa enfrenta custos crescentes de matérias-primas, salários e logística. No mês passado, ela afirmou que seu lucro anual por ação (LPA) recuará de 4 a 6% em comparação com a sua estimativa anterior, de no máximo 4%. O corte na projeção na sequência dos resultados do primeiro trimestre ficou abaixo das estimativas.
A empresa está aumentando os salários este ano nos EUA para US$ 17 por hora, um dos muitos varejistas a tomar a ação no seu desafio para manter os funcionários.
Ela também enfrentou um protesto público no mês passado na China por reajustar os preços do café, pela primeira vez em mais de três anos.
Em 2 de janeiro, a Starbucks tinha 34.317 lojas em todo o mundo. A China representava mais de uma em cada sete dessas unidades.