Por Peter Nurse
Investing.com - As ações dos EUA devem subir na abertura de segunda-feira (17), com os investidores ainda confiantes sobre a força da recuperação econômica dos EUA, apesar da situação política preocupante, reduzindo a probabilidade de estímulos adicionais no futuro próximo.
Às 9h07 (horário de Brasília), o S&P 500 Futuros era negociado em alta de 11 pontos, ou 0,3%, o contrato Dow Futuros subia 64 pontos, ou 0,2%, enquanto o Nasdaq 100 Futuros ganhava 77 pontos, ou 0,7%.
O índice de caixa Dow Jones Industrial Average ganhou mais de 5% em agosto, tradicionalmente o mês mais fraco do ano, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq Composite registrou ganhos em três das últimas quatro semanas. O benchmark S&P 500 está a apenas 0,4% do fechamento recorde de fevereiro.
A Goldman Sachs (NYSE:GS) elevou seu preço-alvo de final de ano para o S&P 500 na segunda-feira de 3.000 para 3.600, já que o rali implacável desde as mínimas de março deixa as previsões anteriores desatualizadas.
Grandes injeções de estímulo alimentaram a alta do S&P 500 desde a liquidação de março desencadeada pela pandemia. No entanto, um novo impulso fiscal parece improvável no curto prazo, com os dois partidos políticos dos EUA aparentemente distantes um do outro quanto ao tamanho e aos termos do último projeto de lei de alívio.
Além disso, a convenção nacional democrata começa na segunda-feira, tradicionalmente o ponto de partida para as eleições presidenciais de novembro, sugerindo que pelo menos alguns legisladores podem ter outras coisas em mente.
No noticiário corporativo, embora a temporada de balanços do segundo trimestre tenha quase acabado, os principais varejistas ainda não divulgaram resultados, embora não o façam na segunda-feira.
Walmart (NYSE:WMT), Home Depot (NYSE:HD), Kohls (NYSE:KSS), Lowe's (NYSE:LOW) e Target (NYSE:TGT) estão entre os varejistas que irão divulgar seus resultados, com a Deere (NYSE:DE) devendo encerrar a semana.
Até a sexta-feira, 457 empresas no S&P 500 divulgaram resultados, dos quais 81,4% ficaram acima de uma barra de expectativas decididamente baixas, de acordo com dados do Refinitiv.
Enquanto isso, o vírus da Covid-19 continuou a causar estragos, com os Estados Unidos ultrapassando 170.000 mortes por coronavírus no fim de semana, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Os preços do petróleo caíam na segunda-feira, depois de atingir novas máximas pós-pandemia no fim de semana, em meio à cautela antes da reunião desta semana do bloco produtor Opep+ para discutir os níveis de produção.
O grupo tem um trabalho complicado pela frente - aumentar a oferta mesmo com a demanda permanecendo substancialmente abaixo dos níveis do ano passado - sem quebrar os preços.
A China e os EUA adiaram uma reunião originalmente agendada para o fim de semana para revisar seu acordo comercial de janeiro, poupando os dois lados do constrangimento de reconhecer que a China não está comprando nada perto dos volumes de produtos norte-americanos que prometeu comprar em janeiro.
Os futuros do petróleo norte-americano eram negociados em baixa de 0,1%, a US$ 41,95 por barril, enquanto o contrato de referência internacional Brent caía 0,4% para US$ 44,64.
Além disso, o ouro futuros subia 0,8% para US$ 1.965,45 por onça, estabelecendo-se em uma faixa mais baixa após registrar máximas de todos os tempos acima de US$ 2.000. O par EUR/USD era negociado em alta de 0,1%, a 1,1854.