Investing.com - Em meio as notícias de pouca alteração nos estoques de celulose, as ações da Suzano (SA:SUZB3) operam com queda de 1,20% a R$ 46,01, enquanto as da Klabin (SA:KLBN11) tem ganhos de 1,37% a R$ 17,01.
Para a Mirae Asset, os estoques inalterados impedem uma reação maior dos produtores de celulose, para um aumento de preço mais agressivo. Os analistas esperam uma normalização dos estoques ao longo do ano e uma menor volatilidade em termos de aumento de preços, como ocorreu em anos anteriores.
Diante disso, eles mantêm as recomendações de compra para Suzano, com upside de 17,3% e para Klabin, com potencial de valorização de 45,1%
Os estoques globais de celulose caíram um dia, para 51 dias, mas em fevereiro ainda estavam 15 dias acima da média histórica, para o mês de fevereiro. Sendo que as reservas de celulose fibra curta ficaram caíram 1 dia, para 62 dias, mas ainda 21 dias acima da média histórica.
Nos dois primeiros meses do ano os embarques caíram 2, sendo que os de fibra longa aumentaram 5,0% em fevereiro, impulsionados principalmente pelos maiores exportações para a China e América do Norte.
Destaque para a chilena Arauco, que anunciou o segundo reajuste consecutivo neste ano. Depois da alta de US$ 30 por tonelada para a celulose de eucalipto com aplicação em março, a companhia informa nova elevação, de US$ 40 por tonelada, levando o preço de referência a US$ 720/tonelada a partir de abril.
O anúncio mais recente veio no encerramento da Shanghai Pulp Week, na semana passada, conferência considerada um importante termômetro dos negócios do setor na China. No geral, segundo fontes da indústria, o sentimento ao fim do evento foi positivo sob a perspectiva de demanda e preços da celulose.
Além dos estoques baixos de fibra curta nos compradores, o governo chinês anunciou uma nova etapa da política ambiental cujo objetivo é reduzir a poluição no país, agora com foco na água. A avaliação é a de que potenciais medidas restritivas podem atingir a produção local de celulose.