As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta terça-feira (16), diante dos indicadores no cenário doméstico, além do recuo do dólar ante o real.
No Brasil, o Índice de Atividade (IBC-Br) do Banco Central (BC), visto como uma prévia do PIB, recuou 0,27% em setembro, ante expectativa de queda de 0,3% no período. Além disso, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,19% em novembro, abaixo da mediana das estimativas de alta de 1,51%. Os indicadores melhores do que o esperado abriam o caminho para o recuo dos juros futuros.
No exterior, a alta dos preços do petróleo e do minério de ferro e os dados fortes do varejo e da produção industrial na China davam força ao real, reforçando as expectativas por um bom desempenho das exportações brasileiras.
Além disso, o Tesouro Nacional oferta nesta terça-feira, em leilão, títulos públicos do tipo Tesouro IPCA+ com vencimentos para 2026, 2030 e 2055.
Cotações
A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 caía a 11,80% ao ano, de 11,82% na sexta-feira (12). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 11,63%, ante 11,65% no fechamento anterior.
Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 5,15%, ante taxa de IPCA mais 5,19% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 5,15%, de IPCA mais 5,19% no último fechamento.
Títulos públicos
O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).
O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.
Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.
Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.
Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.