Taxas dos DIs fecham perto da estabilidade com mercado à espera do Copom

Publicado 18.06.2025, 16:46
Atualizado 18.06.2025, 16:50
© Reuters.

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs nesta quarta-feira pouco se afastaram dos níveis dos ajustes da véspera, com investidores travando posições à espera da decisão sobre juros do Federal Reserve, que saiu no meio da tarde, e principalmente da definição da Selic pelo Banco Central brasileiro, programada para esta noite.

Enquanto a decisão do Fed ficou dentro do esperado, o mercado se manteve dividido entre a manutenção da Selic em 14,75% ao ano e a possibilidade de elevação adicional de 25 pontos-base da taxa básica.

Neste cenário, no fim da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 estava em 14,87%, ante o ajuste de 14,865% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2027 marcava 14,25%, ante o ajuste de 14,243%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,7%, ante 13,679% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,76%, ante 13,74%.

Pela manhã, as taxas dos DIs já demonstravam oscilações limitadas em função da expectativa para as decisões do Fed e do Copom na “superquarta”.

O recuo dos rendimentos dos Treasuries, com as preocupações em torno do conflito entre Israel e Irã impulsionando a busca pela segurança dos títulos norte-americanos, acabou por justificar pela manhã a tendência de baixa para as taxas também no Brasil -- ainda que de forma limitada.

No meio da tarde o Fed informou, como esperado, a manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,5%, indicando que espera por pelo menos dois cortes da taxa ainda em 2025.

Embora os membros do Fed ainda prevejam cortar os juros em um total de 50 pontos-base este ano, conforme projetado em março e dezembro, eles reduziram um pouco o ritmo para um único corte de 25 pontos-base em cada um dos anos de 2026 e 2027, em uma batalha prolongada para que a inflação volte à meta de 2%.

“As projeções deixam uma mensagem relativamente ambígua sobre o que pode vir pela frente: de um lado mantêm a expectativa de termos dois cortes de 0,25 p.p. em 2025. De outro pioraram as projeções de inflação, desemprego e crescimento do PIB”, destacou Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. “A meu ver, o modo compasso de espera continua ativado.”

No Brasil, as reações ao Fed foram limitadas na curva.

“A decisão do Fed (veio) bem em linha com o esperado. Na falta de surpresa, o mercado ignorou um pouco”, comentou a analista Laís Costa, da Empiricus Research.

Mais do que para o Fed, a ansiedade do mercado estava voltada para a decisão do Copom, marcada para depois das 18h30, quando os negócios já estarão fechados.

Na terça-feira -- atualização mais recente -- a precificação das opções de Copom negociadas na B3 (BVMF:B3SA3) indicava 64,75% de chances de alta adicional de 25 pontos-base da Selic, contra 34,00% de probabilidade de manutenção. Na última sexta-feira, os percentuais eram de 56,50% e 42,00%, respectivamente, o que indica que nos últimos dias voltou a ganhar corpo entre os investidores as apostas de que o BC fará um aumento adicional da taxa básica.

Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- caía 1 ponto-base, a 4,385%.

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