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TC (TRAD3): “Custo está em casa, mas receita não. Em breve vai estar”, diz CEO

Publicado 22.09.2024, 21:12
© TC
TRAD3
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Investing.com – Tornar parcela dos membros da sua comunidade em clientes da futura corretora é a estratégia do TC (BVMF:TRAD3), antes Traders Club , para ampliar a receita e reverter prejuízos acumulados nos últimos trimestres. Em entrevista ao Investing.com Brasil, Pedro Albuquerque, fundador e CEO do TC, disse que não será contratada equipe adicional para a nova operação, que tende a começar em alguns meses.

“A gente vai rodar uma corretora com a equipe que a gente já tem, já estão contratados e esse é um dos efeitos benéficos do TC. Para frente, o custo está em casa, mas a receita não. Em breve a receita vai estar em casa”, destacou Albuquerque.

Entre outros serviços financeiros, seguros e câmbio serão oferecidos a clientes da corretora para destravar valor e proporcionar uma solução completa, segundo o CEO. A aprovação do Banco Central para aquisição da Dibran foi anunciada na semana passada e agora a empresa se prepara para concluir os trâmites finais do negócio, conforme contrato firmado em junho de 2022.

Segundo o CEO, desde a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), em julho de 2021, a companhia é mais simples e mais eficiente, mas não deixa de investir em tecnologia. “E a gente quer fazer um atendimento bem inovador na nossa corretora. A gente tem a força do TC, a nossa comunidade”, reforça.

No segundo trimestre deste ano, o TC reportou receita líquida de R$ 13 milhões, 14,8% superior ao primeiro trimestre, mas um recuo anual de 10,7%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi negativo em R$4,572 milhões, com prejuízo ajustado de R$4,483 milhões. No período, o TC contava com 230 colaboradores, uma queda de 11,2% em relação ao trimestre anterior, e adicionou 24 mil novos membros à sua comunidade.

“Se a gente converter um percentual pequeno desses usuários, a gente já é capaz de colocar a companhia numa rota completamente diferente de crescimento de receita, de melhoria de margens, lucro e consequentemente, geração de caixa”, espera Albuquerque.

Confira a entrevista:

Investing.com – Após essa aprovação regulatória, a transferência de controle da Dibran, qual é a importância dessa nova atuação como corretora para destravar valor e proporcionar a ampliação da receita da companhia?

Pedro Albuquerque – Foi um processo de dois anos e meio. Eu tenho frisado bastante para os nossos acionistas, para os nossos clientes, que o que mais importa para o TC é a nossa plataforma. Esse mês serão aproximadamente 160 mil usuários únicos no mês. É uma base de usuários muito grande, o TC tem esse privilégio, que poucas corretoras têm à disposição. Esse é o motivo que eu acredito do futuro sucesso da corretora do TC.

Acho esse business de corretora superdifícil, complexo. Se não existisse a plataforma do TC, eu não acreditaria nesse negócio. A gente vai conectar essa última milha.

A nossa corretora nasce grande, plugada nessa plataforma que são anos de desenvolvimento. Nossa perspectiva é muito legal, estamos bem animados com esses próximos passos.

Inv.com – Alguma meta relacionada ao aumento de receita, e quando os primeiros resultados poderão ser verificados, em sua visão?

Albuquerque – Eu não passo guidance, acho que o resultado do TC reflete o retrovisor. A gente tem feito ajustes na nossa operação, mas é importante focar nesse número de usuários, da nossa plataforma. Se convertermos um percentual pequeno desses usuários, já somos capaz de colocar a companhia em uma rota completamente diferente de crescimento de receita, de melhoria de margens, lucro e, consequentemente, geração de caixa.

Inv.com – Além dessa, quais são as novas estratégias para diversificação do portfólio e aumento da rentabilidade?

Albuquerque – O TC tem uma base de usuários muito grande e queremos entregar para os nossos usuários diversos serviços financeiros. Eu tenho bastante experiência com seguros, eu cofundei uma empresa nesse setor há bastante tempo, uma empresa de tecnologia. Montamos uma operação de seguros, a TC Seguros, então vamos oferecer para os nossos clientes também, montamos uma operação de câmbio, TC Câmbio, então tudo que orbita a corretora, esses serviços financeiros, pretendemos servir aos nossos clientes e destravar valor adicional, atender bem os nossos clientes, ter uma solução completa e destravar valor para a nossa empresa.

Inv.com – A partir dessa aprovação, vocês acreditam que os trabalhos efetivamente como corretora devem iniciar quando?

Albuquerque – A gente ainda tem uma etapa pequena a ser cumprida, mas o mais crucial já passou, que foi a aprovação final, então estamos esperando sair o ato declaratório no Diário Oficial da União para assumir a operação. Depois disso, temos poucos meses até colocar a nossa operação, o go live da nossa operação. Temos a perspectiva de no curto prazo já estar rodando a Dibran, que foi a DTVM que a gente adquiriu e estar servindo os nossos clientes nessa estrutura final que é a corretora do TC.

Inv.com – Para poder realizar esses serviços, vocês vão usar mais equipe que já está com funções já dentro da estrutura da empresa? Vão focar em contratar novo pessoal? Como é que está sendo essa estratégia?

Albuquerque – A gente já tem todo mundo dentro de casa. Esse é um dos motivos do TC ter um SG&A relativamente pesado. A gente já tem a equipe de corretora, assessoria, execução de ordens, o nosso jurídico está pronto, marketing, compliance. Então, essas pessoas já estão dentro de casa. Não temos uma perspectiva de adição de headcount. A gente vai rodar uma corretora já com a equipe que temos, já estão contratados e esse é um dos efeitos benéficos do TC. Para frente, o custo está em casa, mas a receita não. Em breve a receita vai estar em casa.

Queremos fazer um atendimento bem inovador na nossa corretora. A gente tem a força da nossa comunidade. Os principais membros, administradores e contribuidores vão atender os nossos clientes na nossa operação. Ninguém tem uma comunidade, só o TC. E eles conhecem, mais do que qualquer outra pessoa, a nossa plataforma, a operação da corretora, como se libera uma plataforma.

Enfim, esses usuários que vão fazer o atendimento. Vai ser algo bem legal, bem inovador, usando o que a gente acredita, que é a nossa comunidade, é o DNA do TC.

Inv.com – No segundo trimestre de 2024, o TC atingiu 855 mil usuários cadastrados. Qual expectativa até o final do ano e como pretendem atingi-la?

Albuquerque – A gente está aumentando continuamente o nosso número de usuários. Os cadastros estão vindo, com custo muito baixo, muito abaixo de uma instituição financeira, de uma corretora, que tem um custo de cadastro bem maior. É rápido entrar no nosso aplicativo, nosso aplicativo é de graça, tem serviços pagos, mas ele é de graça, tem vários recursos gratuitos.

Então, neste exato momento, a gente está aumentando a nossa base em um ritmo maior do que o observado em trimestres anteriores. A gente não tem uma meta específica. A nossa meta é trazer cliente a um custo baixo que fique na nossa plataforma. Essa é a nossa meta, com uma boa retenção e a nossa expectativa é crescente.

Inv.com – Quais são as principais mudanças no cenário que percebem desde o IPO? Como a companhia atua agora para passar por um cenário de juros elevados?

Albuquerque – A respeito de juros, o público do TC sente menos a taxa de juros. Tem um impacto, sim. É um concorrente nosso, a renda fixa, a gente brinca. Apesar de que, na corretora, a gente vai atender os nossos clientes em qualquer classe de ativo, o trader opera o mercado de qualquer jeito. Mercado em queda, mercado em alta. Ele é mais resiliente. Mais presente, mais ativo e mais resiliente.

Sobre o TC, desde o IPO, é uma empresa muito mais simples hoje. A gente tem uma empresa menor, mais eficiente. Investimos muito em tecnologia, é uma opção nossa. A gente poderia investir menos, parar de investir. A gente não quer. Esse é o nosso diferencial. A nossa plataforma está cada vez mais legal, com mais funcionalidades, mais novidades. Então, eu vejo a empresa em um balanço muito bom hoje. Ela está leve, rápida, sem perder a criatividade, sem perder os investimentos, para que a gente tenha uma plataforma cada vez mais robusta servida aos nossos clientes.

Inv.com – Nesse processo de expectativa de aumento de receita, vocês têm alguma estimativa de quando pretendem chegar e a equalização do resultado, para reverter o Ebitda negativo?

Albuquerque – Com certeza, com a nossa corretora estando no ar, esperamos uma mudança material nos nossos resultados. Então, a nossa expectativa é alguns meses até o go live da nossa operação. Então, a minha expectativa e dos demais diretores do TC é que a gente comece a destravar um valor mais intenso, colocando isso no ar, lembrando que o foco total da nossa comunidade, a corretora é consequência da nossa comunidade. Então, o nosso aplicativo tem que ter cada vez mais gente para que possamos destravar e monetizar esses usuários das formas como eu expliquei aqui.

Inv.com – Algum outro fator que considere relevante que gostaria de mencionar para o investidor?

Albuquerque – A mensagem que eu deixo é que temos hoje algo único no TC, é um time forte, uma plataforma muito diferente, a gente está fazendo algo que ninguém faz, ninguém tem uma comunidade com esse engajamento, ninguém está atacando o ângulo do TC, e esse é o diferencial, é a força do TC. A gente sempre vai estar focado nisso, que é o motivo da nossa origem, e também é o motivo do nosso futuro.

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