Investing.com – Após a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024 da Tesla (NASDAQ:TSLA), o banco JPMorgan manifestou preocupação com a possibilidade de futuras revisões negativas nos lucros e uma redução contínua dos múltiplos de “valuation” da líder em veículos elétricos.
O relatório financeiro revelou um desempenho abaixo das expectativas, com a receita da Tesla alcançando US$ 21,3 bilhões no trimestre, um valor ligeiramente inferior à projeção de US$ 21,4 bilhões do JPMorgan. Este resultado ficou também abaixo do consenso do mercado, segundo a Bloomberg, de US$ 22,3 bilhões, que já havia sofrido uma queda de US$ 25,7 bilhões após os resultados do último trimestre de 2023. O EBIT da Tesla, que representa os lucros antes de juros e impostos, foi de US$ 1,578 bilhão no trimestre, não atendendo às expectativas de mercado de US$ 1,734 bilhão, já ajustadas para baixo de US$ 2,320 bilhões após o trimestre anterior.
O JPMorgan destacou como alarmante o fluxo de caixa livre da Tesla, que registrou uma queda para -US$ 2,531 bilhões no trimestre, um resultado muito abaixo da estimativa do banco de -US$ 1,306 bilhão e distante do consenso de mercado de -US$ 406 milhões. A queda acentuada foi atribuída ao acúmulo recorde de veículos não vendidos, com a Tesla produzindo cerca de 47.000 veículos a mais do que conseguiu comercializar no trimestre. Esse excesso de estoque ocorreu mesmo com a implementação de reduções de preços contínuas, visando impulsionar a demanda diante da crescente concorrência e da transição mais lenta do que o previsto da indústria automobilística para veículos elétricos.
O banco reconheceu que as ações da Tesla poderiam ter um alívio temporário da pressão negativa sobre as expectativas de lucro, devido ao foco renovado em táxis robôs autônomos e ao anúncio da antecipação de lançamentos de novos produtos, previstos inicialmente para o segundo semestre de 2025, com o objetivo de estimular o crescimento.
Contudo, o JPMorgan advertiu contra um otimismo exagerado, questionando a capacidade da Tesla de sustentar sua elevada avaliação de mercado a longo prazo. O banco sugeriu que, conforme os investidores absorvem as implicações das expectativas ajustadas para o curto prazo, as ações da empresa podem ter dificuldades em manter os atuais níveis de avaliação perante o mercado.
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