Investing.com - Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixaram as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) de "overweight" (acima da média) para "equal weight" (na média), o que provocou uma queda de quase 4% nos papéis da companhia antes da abertura desta quinta-feira, 22, em Nova York. No entanto, às 11h30 de Brasília, as ações da fabricante de veículos elétricos já haviam recuperado as perdas e registravam alta de 0,16%.
Os estrategistas do banco elevaram o preço-alvo em US$ 50, para US$ 250, indicando uma pequena desvalorização em relação ao preço de fechamento de ontem. As ações da Tesla encerraram o dia anterior com uma queda de 5,5%.
Os analistas, que foram defensores fervorosos da Tesla nos últimos anos, estão agora adotando uma postura mais cautelosa, após a valorização expressiva das ações da empresa, o que levou a um valuation considerado “justo”.
O principal analista do Morgan Stanley admitiu que não esperava uma alta de 111% no acumulado do ano para as ações da Tesla, em contraste com o aumento de 14% do S&P 500 no mesmo período. “Reconhecemos as mudanças na narrativa do mercado em relação à Tesla e entendemos as razões por trás dessas alterações”, escreveu em nota.
Apesar do rebaixamento, os estrategistas do banco não estão prevendo o fim do sucesso da Tesla.Eles reconhecem que há um certo ceticismo e falta de exposição dos investidores em relação à empresa, mas ainda consideram a Tesla uma companhia fundamental em qualquer carteira de veículos elétricos. Em sua visão a Tesla não é apenas uma empresa automotiva, é também uma beneficiária da inteligência artificial (IA).
Eles acreditam que a Tesla está se tornando um líder no setor de transporte elétrico e energia renovável, e esperam ver mais colaborações e avanços nessas áreas. Essa vantagem vai muito além de acordos comerciais recentes com grandes montadoras, como GM e Ford, abrangendo outras possíveis áreas de colaboração, como fornecimento de baterias, sistemas operacionais, direção autônoma, etc.
Este é o terceiro rebaixamento das ações da Tesla este mês, seguindo a tendência de outras casas de análise, como Barclays (LON:BARC) e CFRA, que também adotaram uma postura mais cautelosa em relação à Tesla.