BRASÍLIA (Reuters) - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que o Tesouro deve dar seu parecer nas próximas semanas sobre as medidas apresentadas pelo Estado para entrar no regime de recuperação fiscal sem que tenha que privatizar o Banrisul (SA:BRSR6)
Após encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Leite afirmou que a venda do banco estadual consumiria capital político do governo e não resolveria o problema de desequilíbrio nas contas públicas do Estado, já que configuraria uma receita extraordinária, que não se repetiria.
Por isso, o governador apresentou um cardápio de medidas à equipe econômica envolvendo ajustes nas despesas de pessoal e previdenciárias. Leite afirmou que, agora, caberá ao Tesouro avaliar se elas serão ou não suficientes.
Aos jornalistas, ele afirmou ter "muita expectativa" sobre a negociação para entrada no regime de recuperação fiscal ainda neste ano.
Segundo Leite, as medidas concebidas pelo governo dariam ao Rio Grande do Sul um ganho de 33 bilhões de reais nos próximos seis anos. Somando os benefícios com o ingresso no regime, como o período inicial em que deixaria de pagar sua dívida junto à União, o Estado ganharia um fôlego de 66 bilhões de reais em seis anos.
Antes da fala do governador, Guedes fez uma rápida avaliação a jornalistas de que Leite estaria "no caminho correto", sem elaborar.
(Por Marcela Ayres)