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TIM Brasil deve ser maior beneficiada após leilão da Oi Móvel, diz Safra

Publicado 15.12.2020, 14:57
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Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - A TIM Brasil deve ser a empresa mais beneficiada com o leilão dos ativos móveis da Oi por conta da relevância do segmento nos seus resultados, já que mais de 94% da receita da empresa vem do negócio de telefonia móvel, contra 65% da Telefônica (SA:VIVT4) Brasil (SA:VIVT3), dona da Vivo, disseram analistas da Safra Corretora em relatório nesta terça-feira (15).

Eles calculam que, supondo que a Oi Móvel tenha cerca de R$ 7,2 bilhões em receitas por ano, a TIM deve agregar em torno R$ 2,9 bilhões na receita, enquanto a Telefônica deve ter um acréscimo de R$ 2,1 bilhões em receitas.

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Para o time de análise da corretora, o leilão foi “um grande passo para a consolidação do mercado móvel” e os órgãos reguladores não devem exigir maiores restrições que possam prejudicar o acerto da operação. A conclusão do negócio, que ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, e da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, deve acontecer até o final de 2021, segundo os analistas.

Eles ressaltam que o leilão foi positivo para todas as empresas do setor, “já que a saída de um grande concorrente deve contribuir para uma competição mais racional no setor”. A Oi também se beneficiou ao avançar em seu plano de desalavancagem, escrevem.

TIM e Telefônica devem financiar a aquisição com emissão de dívidas, já que ambas as empresas têm alavancagem muito baixa, e com seu próprio fluxo de caixa. O time da Safra Corretora manteve a recomendação de compra para TIM, com preço-alvo de R$ 19,00, e para Telefônica, com preço-alvo de R$ 56,00.

VEJA TAMBÉM: TIM desembolsará maior fatia no leilão de telefonia móvel da Oi

Sobre a operação

A Telefônica Brasil, a TIM Brasil (SA:TIMS3) e a Claro adquiriram nesta segunda-feira (14), em leilão na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), os ativos da rede de telefonia móvel da Oi (SA:OIBR3) pelo preço de R$ 16,5 bilhões.

Cada empresa comprou uma parte da Oi, e a divisão dos ativos será feita de forma a preservar a competição. “Quem tem menos clientes vai levar mais, de forma a manter o equilíbrio entre as três companhias”, informou a assessoria de imprensa contratada para a operação.

LEIA MAIS: Brasil tem 19,7 milhões de empresas ativas, diz Mapa de Empresas

Com o leilão, que integra o plano de recuperação judicial da empresa, a Oi ficará operando somente a rede de fibra óptica. Estimativas apontam que, com a compra feita nesta segunda-feira, a participação da Vivo, da Tim e da Claro subirá de 33% para 37%, de 23% para 32% e de 26% para 29%, respectivamente. A assessoria explicou, contudo, que esses números não são definitivos.

De acordo com informação do TJRJ, a proposta das três teles foi a única apresentada no leilão. A audiência virtual de abertura das propostas fechadas para venda da Unidade de Produção Isolada – UPI Ativos Móveis foi presidida pelo juiz Fernando César Viana, da 7ª Vara Empresarial, que homologou o resultado do leilão.

A Oi entrou em recuperação judicial em junho de 2016, após acumular dívida bruta de R$ 64 bilhões com cerca de 55 mil credores, informou o TJRJ.

--Com informações da Agência Brasil

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