Investing.com – Um eventual segundo mandato de Donald Trump não seria como o primeiro nos mercados, após mudanças expressivas no cenário americano e global, avalia Bhanu Baweja, estrategista-chefe do UBS Investment Bank. O especialista considera haver pouco combustível adicional para impulsionar valuations mais elevados.
Em nota ao mercado divulgada nesta segunda-feira, 22, Baweja afirma que o mercado pode estar usando como base o período do ex-presidente à frente da Casa Branca, mas considera isso um erro.
“Em meio a fortes ganhos em ações, as finanças em geral, vistas como beneficiárias da desregulamentação sob um presidente republicano, superaram as energias renováveis, um setor que um democrata na Casa Branca favoreceria”, exemplifica com investimentos relacionados a apostas em Trump.
Na opinião do especialista, o mercado inicialmente encara uma volta de Trump à presidência de forma positiva, mas pondera que uma combinação de “crescimento-inflação mais pobre é o legado mais provável”.
Por outro lado, uma vitória democrata pode ser percebida de forma negativa pelo que chama de um “mercado despreparado para impostos mais altos”.
Com um cenário de valuations elevados nas bolsas de valores americanas, pouco espaço fiscal e expectativa para a temporada de balanços, considera que, para os mercados, um resultado “menos pior” seria um Congresso dividido.
“Uma onda vermelha dos republicanos na eleição de novembro estará mais próxima de nenhuma novidade para o mercado. Uma onda azul, que pode criar um muro de impostos em 2026, seria a verdadeira surpresa”, conclui.
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Mudanças no cenário americano e global
O especialista do UBS menciona uma série de mudanças no cenário econômico local e internacional, incluindo o que considera como estágio final de um ciclo econômico, quando seria improvável uma forte expansão na atividade sem inflação e juros mais altos. As revisões altistas de projeções de lucros estariam perto do pico, em seu entendimento.
Aumento na dívida pública também acende um alerta para eventuais cortes de impostos e seus impactos no orçamento público, e balanços de bancos centrais encolhendo trazem outros horizontes para a política monetária.
Além disso, considerando o cenário internacional, a principal mudança mencionada está na economia chinesa. Enquanto o gigante asiático motivava uma recuperação global em 2016, com impulso em seu setor imobiliário, estimulando a demanda em diversos países, a situação é diferente hoje, quando a China enfrenta maiores dificuldades para sustentar seus níveis de crescimento projetados, no período pós-pandemia.
‘Trump Trade’ em foco - revisões podem ocorrer?
Uma possível reversão do “Trump Trade” e movimentos de ativos relacionados a apostas na vitória de Trump podem ocorrer após o anúncio de Joe Biden de que não vai mais concorrer à reeleição, segundo analistas de mercado.
Investidores vinham ajustando suas posições com maior chance de vitória de Trump contra Biden percebida nas pesquisas, apostando que uma nova gestão de Trump com eventuais cortes de impostos poderia elevar as pressões fiscais e inflacionárias, mas na expectativa de que os lucros das empresas poderiam aumentar. No entanto, um governo mais dividido na próxima administração poderia trazer benefícios, apontam alguns especialistas, incluindo o do UBS.
Os títulos do governo americanos estiveram entre os afetados, com rendimentos de longo prazo dos Treasuries em alta após o debate considerado desastroso para Biden e a tentativa de assassinato de Trump, que foi percebida como um impulso para as chances de sua eleição.
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