SÃO PAULO (Reuters) - A Usiminas (BVMF:USIM5) teve lucro líquido de 36 milhões de reais no primeiro trimestre, forte queda ante o desempenho positivo de 544 milhões obtido um ano antes, apesar de vendas de aço praticamente estáveis e de minério de ferro em alta.
A companhia, que afirma, assim como todo o setor produtor de aço brasileiro, estar sendo pressionada por altas importações de aço da China pelo Brasil, teve um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de 416 milhões de reais de janeiro ao final de março, queda de 47% na comparação o primeiro trimestre de 2023.
Analistas, em média, esperavam que a Usiminas divulgasse lucro líquido de 128 milhões de reais e Ebitda de 387 milhões para o período, segundo dados da LSEG.
As vendas de aço cresceram 1% no período, em meio aos esforços da companhia para avançar no processo de retomada de produção de seu principal equipamento, o alto forno 3, da usina de Ipatinga (MG), que passou por uma reforma geral bilionária no ano passado.
E as vendas de minério de ferro subiram 4%, embora tenham recuado 18% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
Mas a receita líquida da Usiminas no somatório dos três primeiros meses de 2024 mostrou queda de 14% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 6,22 bilhões de reais ante expectativa média de analistas de 6,35 bilhões segundo a LSEG.
Para o segundo trimestre, a Usiminas afirmou que espera estabilidade nos volumes de minério de ferro e aço ante os três primeiros meses do ano.
Citando as melhoras operacionais geradas pela reforma do alto forno 3, a Usiminas apurou margem bruta de 6,4% no primeiro trimestre ante 2,1% no quarto trimestre, em meio a uma queda de 12% no custo de produtos vendidos no período. Ante o primeiro trimestre de 2023, quando a empresa ainda se preparava para iniciar os trabalhos da reforma do equipamento, a margem bruta recuou quase 6 pontos percentuais.
A companhia terminou março com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 0,22 vez, ante nível negativo de 0,05 vez ao final de dezembro.
(Por Alberto Alerigi Jr.)