Vale (VALE3): Estratégia comercial foca em qualidade, não volume, dizem analistas

Publicado 29.01.2025, 10:07
© Reuters

Investing.com – Após a Vale (BVMF:VALE3) divulgar seu relatório de produção e vendas referente ao quarto trimestre de 2024, analistas ressaltaram que a empresa priorizou qualidade sobre volume em sua estratégia comercial, o que deve refletir no balanço que será apresentado no dia 19 de fevereiro.

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“Os preços realizados de minério atingiram US$ 93/ton, uma queda esperada para o 4T23 (quando os preços estavam acima de US$ 115/ton), mas com alta para os níveis de US$ 90/ton marcados no 3T24, reflexo do aumento do preço do minério e também da política comercial com foco em produto de maior qualidade”, destacou Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, que considerou o volume de produção em linha com as expectativas, mas vendas um pouco abaixo do esperado.

O BTG (BVMF:BPAC11) avaliou os embarques de minério de ferro como fracos, o que levou a ajustes para baixo nas projeções para o trimestre, mas concordou com a estratégia comercial da mineradora.

“A Vale está tomando uma decisão sensata para proteger as realizações de preços do minério de ferro e o mix de produtos, mas acreditamos que o mercado precisará de mais clareza sobre a estratégia futura para entender a extensão da lacuna entre os embarques e a produção daqui para frente”, destacaram os analistas.

O desempenho operacional foi ligeiramente melhor do que o esperado pela XP Investimentos (BVMF:XPBR31), com melhores preços realizados de minério de ferro compensando a fraqueza nos volumes.

Os dados “ilustram a flexibilidade do portfólio da Vale, deslocando a produção em direção a produtos de maior valor agregado em vez de volumes, com a combinação de melhores preços realizados (além de prêmios mais altos) e volumes mais fracos como um resultado líquido positivo”, ressaltou a XP.

A redução no volume de vendas de minério de ferro, considerando finos e pelotas, veio conforme esperado pelos analistas do Itaú BBA. “Este trimestre foi marcado por uma estratégia de valor sobre volume, com uma redução nos embarques de alta sílica resultando em uma melhoria no prêmio médio de qualidade da Vale”, concordou o BBA.

A Ativa Investimentos foi na mesma linha, citando que a melhora na qualidade ajudou a compensar as menores vendas. “Acreditamos que os investidores gostarão de ver a companhia executando bem a sua estratégia pautada em qualidade e esperamos uma recepção positiva do relatório de vendas e produção do 4T24”, completou.

Guidance de produção

A Vale entregou o seu guidance de produção de minério de ferro previsto para o ano de 2024, entre 323-330 milhões de toneladas. A companhia atingiu a meta de produção de minério de ferro e níquel, enquanto a de cobre foi superada e a de pelotas ficou ligeiramente abaixo da estimativa, detalhou a XP.

Para 2025, a projeção da Vale é de que a produção de minério de ferro fique entre 325-335 Mt, a de pelotas entre 38-42 Mt, a de cobre entre 340-370 kt e a de níquel entre 160-175 kt.

O que esperar do balanço?

Com os dados operacionais divulgados, analistas agora direcionam suas atenções para o balanço financeiro completo da mineradora. A expectativa de receita para a Vale é de US$9,966 bilhões, de acordo com o InvestingPro, plataforma premium do Investing.com. O lucro por ação (LPA) deve somar US$0,57, de acordo com estimativas da ferramenta.

O consenso de analistas de mercado indica uma receita de US$10,437 bilhões, Ebitda de US$4,420 bilhões e um lucro líquido de US$2,001 bilhões.

Com os dados operacionais, o BTG não espera indicadores muito empolgantes no trimestre, projetando um Ebitda próximo a US$3,9 bilhões.

A XP, por sua vez, atualizou para cima a estimativa do Ebitda ajustado para US$4,25 bilhões.

O Itaú BBA disse estar confiante sobre sua estimativa de Ebitda de US$ 3,875 bilhões para o trimestre.

Recomendações

  • Itaú BBA: A recomendação do Itaú BBA é Outperform, equivalente à compra, com preço-alvo de US$12 para American Depositary Receipts (ADRs) negociadas no mercado americano.

  • BTG: O BTG possui indicação neutra, com preço-alvo de US$11 para ADRs, pois considera que a empresa não possui catalisadores neste momento, e teria um rendimento de dividendos (dividend yield, DY) estimado entre 7% e 8% - considerado pouco atrativo.

  • XP: A XP também conta com classificação neutra, mas com preço-alvo de R$66, diante do potencial limitado de valorização das ações.

  • Empiricus: Indica compra em carteira de dividendos, sem preço-alvo. Mesmo com cenário desafiador para a cotação do minério de ferro por conta das preocupações com a China, a Empiricus avalia que a empresa estaria “conseguindo fazer a lição de casa”.

  • Ativa: Possui indicação neutra, com preço-alvo de R$75, alertando que as ações devem continuar mais sensíveis a estímulos econômicos chineses do que à melhora gradual dos fundamentos da mineradora.

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