Investing.com - No dia 26 de janeiro, a bolsa brasileira alcançou seu melhor desempenho em dólares no ano, quando o valor de mercado superou o patamar de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde setembro de 2014. Desde então, até a última quinta-feira, quando chegou ao menor valor de 2018, a desvalorização foi de 29,7%, ou US$ 317,9 bilhões. Os números constam em relatório da Economatica, divulgado nesta segunda-feira (25).
De acordo com a consultoria, o valor de mercado da bolsa no dia 21 de junho foi de US$ 752,1 bilhões, equivalente ao registrado em julho de 2017.
Já quando se considera os valores nominais, as empresas listadas na bolsa brasileira tiveram seu melhor resultado no dia 12 de março, quando chegaram a R$ 3,44 trilhões. Na comparação com o pior momento do ano, 18 de junho (R$ 2,84 trilhões) as perdas foram de R$ 604,1 bilhões, ou 17,5%.
Os bancos lideram as perdas, em dólares, na bolsa brasileira até a última sexta-feira. De acordo com relatório divulgado pela Economatica, de 26 de janeiro a 21 de junho o Itaú (SA:ITUB4) perdeu US$ 36,5 bilhões em valor de mercado, o equivalente a 36,4%.
Em segundo lugar no ranking está o Bradesco (SA:BBDC4), que viu seu valor de mercado cair em US$ 34,3 bilhões, ou 43,7%, seguido de Ambev (SA:ABEV3) (queda de 30,7% ou US$ 33,5 bilhões), Petrobras (SA:PETR4) (perdas de US$ 29,3 bilhões, ou 33,7%) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) (queda de US$ 15,4 ou 44,4%).
Das 20 empresas da lista 19 têm queda de valor de mercado superior a 30%, somente a Telefônica Brasil (SA:VIVT4) registra queda abaixo desse patamar com -26%. A maior queda percentual de valor de mercado entre as 20 maiores quedas nominais em dólares é da BRF (SA:BRFS3) com -56,1%.
Fusões e aquisições puxam valorizações
Apesar disso, algumas empresas apresentaram resultado positivo desde o final de janeiro, com destaque para as que entraram em processo de fusão e aquisição. É o caso da Suzano (SA:SUZB3), que tem a maior valorização nominal em dólares com US$ 5,59 bilhões ou 78,3% de crescimento, seguida da Fibria (SA:FIBR3), com US$ 1,22 bilhão ou 13,2%. As empresas anunciaram uma megafusão do setor em março.
A Eletropaulo (SA:ELPL3) foi vendida para a Enel (MI:ENEI) após vencer longa disputa com a Neoenergia e avançou US$ 1,18 bilhão em valor de mercado, ou 151,6%.
A Magazine Luiza (SA:MGLU3) subiu US$ 1,18 bilhão, ou 23,7%, e a Rede Energia (SA:REDE3), US$ 761,8 milhões, ou 34,5%.