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Vendas do comércio varejista no Natal devem recuar pelo segundo ano

Publicado 21.12.2015, 14:55
Vendas do comércio varejista no Natal devem recuar pelo segundo ano
EXPN
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Por Luciana Bruno

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas reais do comércio varejista brasileiro devem recuar mais de 5 por cento na semana do Natal ante o mesmo período do ano passado, no segundo ano consecutivo de redução das vendas, segundo a Serasa Experian (L:EXPN), devido à crise econômica.

No ano passado, as vendas no Natal caíram 1,7 por cento na comparação anual, no primeiro recuo registrado na semana natalina pela Serasa Experian, que começou a levantar os dados em 2003.

"Aumento do desemprego e da inflação, crédito mais caro e mais difícil, queda da renda, é uma combinação que não perdoa o varejo", disse Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian.

Segundo o economista, a tendência de baixa já foi percebida no Dia das Crianças, quando houve redução de 5 por cento ano contra ano. A tendência de recuo continuou em novembro.

"A Black Friday antecipou algumas vendas de Natal, mas, mesmo assim, não foi suficiente para reverter a tendência de queda no mês", disse o economista. Em novembro, as vendas do comércio varejista recuaram 7,7 por cento sobre o mesmo mês do ano passado. Em outubro, a baixa foi de 7,9 por cento.

No Estado de São Paulo a queda deve ser acentuada do que a média nacional. A Fecomercio-SP projeta queda de 10 a 12 por cento das vendas reais do comércio varejista paulista, segundo Fábio Pina, assessor econômico da Fecomercio-SP.

"É o pior Natal da década. Com menos renda, menos emprego, menos crédito, a confiança em seus piores níveis históricos, é difícil, sob essas condições, imaginar que o consumidor vá comprar", declarou Pina.

"Os setores que estão indo pior são aqueles que dependem de crédito, como eletroeletrônicos, automóveis, móveis e decoração", disse. "Esses itens mais caros vão sofrer mais."

Segundo Pina, o comércio varejista intensificará suas promoções no fim do ano e em janeiro para tentar atrair clientes diante do ambiente desfavorável.

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o consumidor ainda tem intenção de dar presentes, mas o valor gasto deve cair 22 por cento este ano em relação a 2014, já descontando a inflação, para um valor médio de 106,94 reais.

"Boa parte dos consumidores tem a sensação de que as coisas estão mais caras este ano", disse Kawauti, citando levantamento do SPC Brasil segundo o qual 74,3 por cento dos consumidores consultados têm a impressão de que os presentes estão mais caros este ano, frente a 12,9 por cento que acham que os preços estão estáveis, contra 3,5 por cento que veem queda.

RETOMADA

A Serasa Experian vê a possibilidade de retomada do comércio varejista somente a partir de julho do ano que vem. Para Rabi, se o cenário político melhorar, é possível que haja alguma recuperação no segundo semestre. "Até lá, não teremos números positivos para o varejo", disse o economista.

Já Pina é mais pessimista, não vendo a chance de uma recuperação em 2016. "Vamos esperar para ver o que o novo ministro (da Fazenda, Nelson Barbosa) vai conseguir fazer", afirmou.

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