Investing.com - As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) operavam em baixa antes da abertura dos mercados em Nova York nesta terça-feira, 6, após o lançamento do tão aguardado headset de realidade mista (RM), que chega com um preço mais alto do que o esperado, de US$ 3.499.
"Hoje marca o início de uma nova era para a computação", afirmou Tim Cook, CEO da companhia. "Assim como o Mac nos lançou à computação pessoal, e o iPhone, à computação móvel, o Apple Vision Pro nos apresenta à computação espacial."
Confira a seguir o que alguns dos principais analistas de Wall Street disseram sobre a apresentação de ontem e o impacto do Vision Pro nos resultados financeiros e nas ações da Apple.
Analistas da Oppenheimer:
"A administração da Apple considera que o headset é um produto revolucionário e o próximo passo nas experiências interativas do consumidor."
Analistas da CFRA:
"Embora tenhamos ficado impressionados com sua capacidade de hardware/imersão de mercado, acreditamos que a AAPL não conseguiu identificar por que o aparelho é indispensável para os consumidores, pelo menos por enquanto. No entanto, a entrada da empresa no segmento e um maior envolvimento dos desenvolvedores ajudarão a apoiar a adoção e a criação de novos usos ao longo do tempo."
Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS):
"Estamos animados com a perspectiva de crescimento do headset e do ecossistema de aplicativos Vision Pro no longo prazo, mas acreditamos que as contribuições financeiras no curto prazo sejam limitadas, devido a três razões: (1) o preço de varejo relativamente alto pode limitar a adoção imediata; (2) notícias sugerem que o headset pode ser vendido sem lucro; e (3) a base instalada relativamente menor limita as contribuições da receita de serviços adicionais."
Analistas da Needham & Company:
"O fato de o CEO da Disney (NYSE:DIS), Bob Iger, estar no palco elogiando o Vision Pro da AAPL demonstra a adaptação estratégica convincente entre o conteúdo da DIS e a tecnologia vestível da AAPL. Com o preço de US$ 3.500, nossa expectativa é que a adoção seja lenta. No entanto, se a AAPL adquirir a DIS, seus criadores de conteúdo podem desenvolver conteúdo exclusivo para impulsionar a adoção do Vision Pro da AAPL, na nossa opinião."
Analistas do Bank of America (NYSE:BAC):
"Embora acreditemos que a RM possa aumentar as receitas de serviços por meio de um novo conjunto de aplicativos premium (o Vision Pro terá sua própria App Store), a adoção levará tempo."
Analistas do Bernstein:
"O aparelho está sendo lançado mais tarde e é mais caro do que o esperado, o que provavelmente terá um impacto insignificante nos resultados financeiros da Apple por pelo menos alguns anos. Embora vejamos potencial para que ele seja financeiramente relevante ao longo do tempo (talvez US$ 50 bilhões em 5 a 10 anos; menos de 10% das receitas), também acreditamos que possa canibalizar outras ofertas de hardware da Apple."
Analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC):
"Nossa expectativa é que os investidores debatam o sucesso comercial e as implicações do modelo da nova plataforma. Como esperado, a Apple está adotando uma estratégia de preço premium, com o Vision Pro sendo vendido por US$ 3.499, em comparação com o Quest 2 da Meta, que custa US$ 300 (o Quest 3, a US$ 500, será lançado neste outono). Embora acreditemos que alguns investidores possam questionar a elasticidade da demanda do consumidor a um preço de aproximadamente US$ 3.500, nossa visão é que Apple promoverá a adoção de RA/RV pelo consumidor ao buscar um headset de alta especificação (23 milhões de pixels em comparação com o Quest Pro, com 1800x1920 pixels)."
Analistas do KeyBanc:
"Embora as capacidades tecnológicas sejam ótimas, o produto parece mais uma substituição de TVs e monitores, e nos perguntamos quais características de rede são necessárias para suportar o uso. Com o preço de varejo do dispositivo em US$ 3.499, esperamos uma contribuição insignificante para a receita da AAPL, considerando algumas centenas de milhares de unidades, embora acreditemos que o produto apoie a visão de que a AAPL tem uma capacidade superior de integrar hardware, software e serviços para criar uma plataforma diferenciada que os concorrentes provavelmente terão dificuldade em replicar."
Analistas do Deutsche Bank:
"Ficamos impressionados com a capacidade e desempenho da plataforma revolucionária de RA/RV da AAPL, perfeitamente integrada ao restante do ecossistema da companhia, e acreditamos que ela expandirá significativamente os usos da tecnologia em casa, no trabalho e durante as viagens... Embora estejamos entusiasmados com a nova plataforma de AR, acreditamos que o preço elevado provavelmente limitará a adoção do dispositivo."
Analistas do Wedbush:
"Acreditamos que, no final das contas, a Apple está construindo seu próprio ecossistema de IA dentro de sua comunidade de desenvolvedores do iOS, começando com o lançamento deste produto, o que levará a mais aplicativos e casos de uso nos próximos anos. Embora a reação imediata dos investidores se concentre nas expectativas de curto prazo, nossa expectativa é que esse lançamento gere uma vantagem para os desenvolvedores da Apple em sua valiosa base instalada e ecossistema da Apple."
Analistas da Evercore ISI:
"A demonstração do produto e os possíveis usos foram impressionantes - o prazo para lançamento e os aplicativos sendo desenvolvidos serão fundamentais. Acreditamos que este é o início da próxima mudança na computação... Vemos a possibilidade de aumento de produtividade e melhor entretenimento, o que torna o preço mais alto mais aceitável, especialmente à medida que os aplicativos são desenvolvidos em torno disso."
Analistas da DA Davidson (rebaixaram a recomendação das ações da AAPL para neutra):
"Estamos rebaixando as ações porque acreditamos que qualquer boa notícia do lançamento do produto de RA/RV já está refletida no preço das ações. Além disso, acreditamos que existem desafios estruturais importantes para a Apple em relação à adoção pelos consumidores de hardware de RA/RV, o que poderia limitar o impacto de curto prazo em suas vendas e lucratividade."
As ações da Apple acumulam uma alta de 38,2% no ano, com base no preço de fechamento de segunda-feira, 5.