SÃO PAULO (Reuters) - O grupo Votorantim ampliará significativamente sua capacidade de redução de dívida quando concluir o acordo para a fusão da Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB3) com a Fibria (SA:FIBR3) Celulose, afirmou a agência de classificação de risco Moody's, nesta segunda-feira.
A agência estimou em comunicado à imprensa que a Votorantim SA tinha cerca de 10 bilhões de reais em caixa no final de 2017 e cerca de 24 bilhões de reais em dívida consolidada no mesmo período.
A Moody's estimou que a aprovação do negócio, anunciado em 16 de março e que cria a maior produtora de celulose do mundo, por autoridades de defesa da concorrência no Brasil e no exterior deve levar um ano.
"A venda (da participação da Votorantim na Fibria para a Suzano) deve gerar cerca de 8,5 bilhões de reais que a companhia poderá pelo menos em parte usar para reduzir dívida", afirmou a Moody's no comunicado.
Segundo a agência, a Votorantim tem um perfil de vencimentos de dívida "muito confortável", mas a relação de endividamento subiu nos últimos anos diante da desaceleração da demanda por cimento, um dos principais negócios do grupo.
(Por Alberto Alerigi Jr.)