Por Amruta Khandekar e Bansari Mayur Kamdar
(Reuters) - O índice norte-americano S&P 500 subia nesta sexta-feira, com o mais recente relatório mensal de empregos do governo sinalizando resiliência da economia dos Estados Unidos, o que sustentava perspectiva de aperto agressivo da política monetária pelo Federal Reserve
O relatório do Departamento do Trabalho, observado de perto, mostrou que o mercado de trabalho dos EUA está se apertando rapidamente, enquanto a taxa de desemprego segue caindo.
Foram criadas 431 mil vagas fora do setor agrícola em março. Embora os números tenham ficado aquém das expectativas de economistas, a taxa de desemprego caiu para 3,6%, a menor desde fevereiro de 2020, enquanto o salário médio por hora aumentou 0,4%.
"Nenhuma das informações do relatório de hoje ajuda o Fed com a difícil tarefa pela frente e, na verdade, o risco de um aperto mais rápido do Fed no curto prazo permanece altamente concebível", disse Charlie Ripley, estrategista sênior de investimentos da Allianz (DE:ALVG) Investment Management.
Operadores agora veem chance de 72,8% de um aumento de 0,50 ponto percentual nos juros norte-americanos em maio. O banco central dos EUA aumentou os custos dos empréstimos no mês passado pela primeira vez desde 2018, em 0,25 ponto, e os formuladores de política monetária sinalizaram prontidão para adotar aumentos mais agressivos de forma a combater a inflação mais alta em décadas.
Sete dos 11 principais setores do S&P 500 avançavam no início do pregão, liderados por ganhos nas ações de energia e materiais.
Os rendimentos dos Treasuries saltavam e uma parte da curva de juros observada de perto se inverteu depois que os dados de empregos apoiaram a visão de que o Fed precisará aumentar agressivamente os juros para conter a inflação.
Às 12:35 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,01%, a 34.673,99 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,13%, a 4.536,38 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançava 0,29%, a 14.262,35 pontos.