Nova York, 3 set (EFE).- Wall Street terminou nesta terça-feira com quedas o primeiro pregão de setembro, com os investidores mostrando desânimo com uma escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China e com dados negativos sobre a atividade manufatureira americana.
O principal indicador da bolsa de Nova York caiu 1,08%, para 26.118,02 pontos. O seletivo S&P 500 recuou 0,69%, para 2.906,27, e o índice composto da Nasdaq fechou em baixa de 1,11%, aos 7.874,16 pontos.
Um dia após o feriado de Dia do Trabalho nos EUA, o mercado nova-iorquino abriu setembro com o sabor amargo do aumento de tarifas do governo americano a US$ 112 bilhões em importações chinesas para 15%.
Até 15 de dezembro está previsto que o mesmo percentual passe a ser aplicado sobre os demais produtos chineses, o que terá impacto em produtos como telefones celulares, laptops, consoles de videogames e alguns brinquedos.
Como represália, a China iniciou no domingo a cobrança de tarifas de 5% a 10% sobre US$ 75 bilhões de produtos americanos.
Diante da nova escalada de tensão, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu no Twitter que, se for reeleito em 2020, será "muito mais duro" ao negociar um acordo comercial.
Os investidores em Nova York apostaram em ativos tradicionalmente mais seguros, como títulos da dívida pública americana, e por isso hoje houve uma queda no rendimento dos treasuries de 10 anos, que no momento do fechamento da bolsa era de 1,469%. Já a onça do ouro subia para US$ 1.554,50.
Os papéis de empresas do setor financeiro foram alguns dos mais afetados, com as quedas de Bank of America (NYSE:BAC) (-1,67%), Citigroup (NYSE:C) (-1,45%) e JPMorgan (NYSE:JPM) (-1,18%).
No Dow Jones, as maiores quedas foram das ações de Boeing (NYSE:BA) (-2,65%), Goldman Sachs (NYSE:GS) (-2,42%), American Express (NYSE:AXP) (-2,30%), Dow (-1,95%), 3M (NYSE:MMM) (-1,90%) e Home Depot (NYSE:HD) (-1,68%).
Menos de um terço dos 30 componentes do índice subiram hoje, e as maiores altas foram de Pfizer (NYSE:PFE) (1,60%) e Procter & Gamble (0,94%).