por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O Itaú BBA acredita que, apesar dos investidores não aprovarem o valuation da Weg (BVMF:WEGE3), não há motivos para “temê-lo”. O banco aponta que a empresa está alicerçada em sólida melhora na rentabilidade e crescimento sustentável e por isso, mantém a avaliação outperform para as ações da companhia.
Às 15h57, as ações da Weg recuavam 0,79% a R$ 34,00. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,87%, a 114.931 pontos.
O Itaú BBA explica que a Weg negociou em linha com seus pares industriais globais e locais de alta qualidade por um longo tempo, entre 2010 e 2018. Em 2019, a Weg se desvinculou dos pares globais e, em 2020, se distanciou dos nomes locais de alta qualidade por causa do crescimento crescente e lucratividade, segundo o banco.
“O crescimento da linha superior acelerou de 15% 10Yr CAGR para 20% 5Yr CAGR e 25% 3Yr CAGR. A maior parte do crescimento veio do GTD Doméstico (Solar e Eólico). A lucratividade também se expandiu com o spread do ROIC para o WACC aumentando de 4p.p. entre 2012-2018 para 15p.p em 2020-2021, o maior entre os pares e, assim, justificando um múltiplo EV para IC maior”, analisa o Itaú BBA.
Usando a metodologia P/L de dois estágios da Damodaran, o Itaú BBA estima que o P/L da Weg poderia valer 40x, quando atualmente estaria em 30x. Para chegar a esse patamar, então, o banco assume um período de 10 anos de crescimento anual de 15%, em linha com o CAGR dos últimos 10 anos, seguido por um crescimento perpétuo de 7% nominal e um Ke nominal de 11%.
Olhando mais para o curto prazo, o Itaú BBA destaca que o valuation da Weg deve se beneficiar de gatilhos positivos, como as surpresas positivas relacionadas à margem, causadas pelo aumento de preços praticados pela empresa em meio à queda das commodities, e a entrada de capital estrangeiro no Brasil após as eleições presidenciais.
O preço-alvo para as ações da Weg, segundo o Itaú BBA, é de R$ 40 para 2023.