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XP fecha 1ª operação de opção de compra de energia via derivativo do mercado brasileiro

Publicado 28.07.2022, 09:34
© Reuters. Edifício que sedia a XP Investimentos, em São Paulo (SP) 
11/12/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
XP
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XPBR31
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A comercializadora de energia da Xp Inc (NASDAQ:XP) (BVMF:XPBR31) fechou neste mês uma negociação bilateral envolvendo uma opção de compra de energia elétrica via derivativos, na primeira operação do tipo registrada no mercado brasileiro.

A expectativa é de que o produto financeiro, novo no mercado, ajude a aumentar a liquidez das negociações de compra e venda de energia elétrica, atraindo novos perfis de investidores a essas operações, disse à Reuters Marcelo Leitão, responsável pela área comercial da XP Comercializadora.

O negócio, fechado com a comercializadora de energia Gold, tem data de liquidação, volume e "strike" (preço de exercício) definidos.

Trata-se de uma opção de compra de 5 megawatts (MW) médios ao longo de 2023, com base no PLD (preço de referência do mercado de curto prazo de energia), em uma operação em torno de 7,5 milhões de reais.

Segundo Leitão, o produto mescla os instrumentos de opção e derivativo, bastante conhecidos do mercado financeiro e que vêm aos poucos ganhando espaço nas negociações de compra e venda de energia elétrica.

Um dos principais ganhos do produto é que ele dispensa registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que é responsável das transações do mercado físico de energia.

Hoje, para negociar energia elétrica no mercado físico, os agentes precisam ter uma comercializadora de energia, o que exige aprovações de várias instituições.

"Fazendo isso via derivativos e mercado financeiro, você abre um leque de opções de novas contrapartes, como assets", disse Leitão.

Já para a Gold, a transação com a XP foi atrativa e permitiu que a comercializadora oferecesse produtos "mais diferenciados" a seus clientes geradores e consumidores, disse o CEO Cassiano Agapito.

Agapito destaca que o setor elétrico vem buscando se aproximar do mercado financeiro, mas que ainda existe um grande desafio de liquidez.

"O mercado brasileiro ainda não cresceu tanto quanto outros internacionais porque o derivativo ainda não decolou. Enxergamos que com os derivativos, os múltiplos do mercado --quantas vezes a energia consumida é negociada-- podem crescer muito."

© Reuters. Edifício que sedia a XP Investimentos, em São Paulo (SP) 
11/12/2019
REUTERS/Amanda Perobelli

Com a ampliação do mercado livre de energia, as negociações de "trading" tendem a se intensificar e a se sofisticar. Vários bancos buscaram se posicionar no mercado, criando mesas de energia, como BTG Pactual (BVMF:BPAC11), Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), Santander Brasil (BVMF:SANB11) e ABC Brasil (BVMF:ABCB4).

Já o mercado de derivativos de energia começou a se desenvolver nos últimos dois anos, com B3 (BVMF:B3SA3) e Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) criando novos produtos. O objetivo dos agentes é aumentar a liquidez no mercado, viabilizando a criação de uma bolsa de negociação de energia elétrica.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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