Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - A Dafiti é a favorita para ser comprada pelas Lojas Renner (SA:LREN3) após o aumento de capital de R$ 4 bilhões da varejista, disseram os analistas da XP Investimentos em relatório desta segunda-feira (28) sobre o panorama de fusões e aquisições (M&As) das companhias listadas na bolsa brasileira.
Segundo eles, mesmo sendo a mais provável opção, uma possível compra da Dafiti pelas Lojas Renner traria desafios em relação ao interesse do controlador em vender o ativo, o que por sua vez levaria a um múltiplo mais esticado.
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Eles apontam que a Renner também pode procurar outras companhias digitais, como Amaro e Privalia, “apesar de que a última recente protocolou uma nova tentativa de oferta inicial de ações, o que reduz a probabilidade de ser um alvo”.
De qualquer forma, eles veem as aquisições de pequenas empresas digitais ou fintechs que complementam a proposta de valor de se tornar um ecossistema como as mais prováveis de ocorrerem no curto prazo.
Outras possibilidades de M&As
Os analistas também esperam que a Arezzo (SA:ARZZ3) seja muito ativa em procurar companhias nativas digitais no segmento de vestuário, como as recém-adquiridas BAW, Pantys e Haight, assim como marcas mais tradicionais, como Shoulder, Mixed e Yogini.
Eles também veem espaço para a Vivara (SA:VIVA3) procurar oportunidades para consolidar o mercado, principalmente através de marcas que complementem o portfolio em relação a público-alvo, com a H.Stern sendo uma das candidatas.
Finalmente, escrevem, a C&A (SA:CEAB3) parece estar em uma frente mais reativa enquanto o Grupo Soma (SA:SOMA3) deve focar na integração com a Cia. Hering (SA:HGTX3).
E-commerce é o principal alvo
Os analistas escrevem que os players de e-commerce são os mais ativos em procurar oportunidades de M&A principalmente através da adição de novas categorias no 1P (estoque próprio), com casa e decoração e vestuário com as mais prováveis.
Eles também veem essas empresas procurando por capacidades e funcionalidade que complementem seus ecossistemas, como fintechs, players logísticos ou de conteúdo.
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No entanto, os analistas não veem os players de e-commerce como potenciais compradores do GPA (SA:PCAR3), caso a venda pela Casino seja confirmada, por entenderem que o varejo alimentar é complexo de operar “enquanto eles já tem adicionado a categoria através de parcerias com esses varejistas”.
Eles esperam que o Carrefour (SA:CRFB3) Brasil seja um potencial comprador, enquanto o Assaí (SA:ASAI3) e o Grupo Mateus (SA:GMAT3) podem olhar para oportunidades de aquisição de atacarejos regionais, “apesar de os vermos mais focados em crescimento orgânico’.
Já em relação ao setor de Farmácias e Supermercados, a XP vê como o mais improvável de ter movimentações de compra ou venda, “mas nada é impossível’.